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Transferências DOC e TEC acabaram: veja quais utilizar no lugar

Publicado em . Atualizado em
Por Eduardo Kruger . Tempo de leitura: 9 mins
Pessoas na boca do caixa realizando transferências financeiras. Ela está solicitando DOC e TEC para o atendente.

As transferências bancárias são responsáveis por impulsionar as transações comerciais, possibilitando a compra e venda de produtos físicos ou serviços. São importantes para o pagamento e recebimento dos valores em transações.  

Conforme a tecnologia foi se integrando à rotina da sociedade, novos métodos de transações começaram a surgir e ganhar destaque. Na mesma proporção, ferramentas mais antigas passaram a se tornar obsoletas, como as operações via DOC e TEC.

Para entender o que são as transferências financeiras via DOC e TEC e saber como substituí-las em suas operações financeiras, leia este artigo!

Qual a diferença de DOC e TEC?

O DOC (Documento de Ordem de Crédito) e a TEC (Transferência Especial de Crédito) foram métodos de transferência bancária, bastante inovadores no início dos anos 1990. 

Eles surgiram para modernizar o processo de movimentação de fundos de uma conta bancária para outra, de mesmo banco ou não. 

Porém, ainda que parecidos, cada um exercia sua própria função.

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  • Documento de Ordem de Crédito (DOC): foi introduzido no sistema bancário brasileiro em 1993, pelo Banco Central. Tratava-se de um meio de transferência utilizado para valores até R$ 4.999,99.  As transações levavam até dois dias úteis para serem efetivadas, limitadas a uma conta por vez. 
  • Transferência Especial de Crédito (TEC): foi implementada no mesmo ano que o DOC, tendo o mesmo limite de valor. Porém, neste caso, as transações eram concluídas até o final do dia em que a ordem era dada. Além disso, essa opção permitia operações simultâneas de transferência para diferentes contas. 

TEC e TED são transações diferentes

Embora muitos confundam, TED e TEC não são sinônimos. A TED (Transferência Eletrônica Disponível) surgiu em 2002, visando tornar as transações financeiras mais ágeis e flexíveis. 

Assim como o TEC, esse tipo de transferência é compensada no mesmo dia em que a ordem é dada. 

A grande diferença entre ambos é que no TED há maior flexibilidade de limite de valores a serem transferidos. Ou seja, esse modelo de transferência abrange valores acima de R$ 4.999,99.

Por que o DOC e TEC foram descontinuados?

Quando criados, ambos os sistemas tinham o objetivo de facilitar transferências entre as instituições financeiras. Entretanto, com a evolução tecnológica, a sociedade desenvolveu novas necessidades.

Isso fez com que, ao longo dos anos, as modalidades perdessem espaço no mercado para outros meios de pagamento, como o Pix.

Conforme uma pesquisa realizada pelo Asaas, em 2022, os clientes Asaas utilizaram o Pix em aproximadamente 3 milhões de transações. Já em 2023, o Pix foi registrado em 17,317 milhões das operações, apontando um aumento de 432,92% na escolha dessa modalidade.

Com a ascensão da transferência instantânea e consequente diminuição do uso do DOC e TEC, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) determinou o encerramento dessas modalidades atividades em 15 de janeiro de 2024. 

Vale ressaltar que as transferências descontinuadas serão somente via DOC e TEC. Transferências via TED ainda estarão disponíveis pelas instituições associadas à Febraban.

Quais métodos substituem as transações via DOC e TEC?

A descontinuidade das transferências via DOC e TEC, embora possa ter atrapalhado alguns usuários, não trouxe muitos impactos negativos ao mercado. Afinal, houve um grande declínio nos anos que antecederam a extinção dos serviços. 

Já existem outros métodos mais práticos, eficazes e seguros para efetuar as transações financeiras, como, por exemplo: cheques, transferências eletrônicas e o próprio Pix, já citado. 

Explicaremos mais a respeito dos métodos a seguir: 

1. Depósito de Cheques

Os cheques são documentos usados para transferir fundos de uma conta bancária para outra. Eles contêm informações como a quantia a ser paga, a data e a assinatura do emissor. 

Existem três tipos de cheques, cada um com sua função:

  • Cheques ao portador: podem ser usados por qualquer pessoa;
  • Cheques nominais: destinados a uma pessoa específica;
  • Cheques cruzados: indicam que devem ser depositados em uma conta bancária.

Muitos bancos não cobram taxas para a emissão ou compensação de cheques padrão, mas pode haver custos para cheques especiais. Por isso, é importante analisar as políticas de cada banco quanto às taxas e uso do cheque.

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O tempo de compensação do cheque pode variar conforme a instituição financeira e o valor indicado. Geralmente, ocorre em até 2 dias úteis.

Em 2024, segundo a Febraban, o uso de cheques diminuiu em 18% em 2024 – e mais de 96% desde 1995. No entanto, há ainda vantagens de oferecer esse método de pagamento para a população. 

Vantagens de utilizar o depósito via cheque

Embora o cheque atualmente seja uma forma um pouco mais antigo de realizar transações, ainda existem vantagens de utilizar esse método de pagamento: 

  • Registro detalhado: o cheque fornece um registro detalhado da transação, incluindo o valor, data e nome do beneficiário, sendo útil para o controle financeiro.
  • Pagamento agendado: é possível estabelecer a data futura em que o cheque pode ser depositado, colaborando para o agendamento de pagamentos.
  • Sem necessidade de conta bancária: pessoas desbancarizadas podem receber pagamentos em cheque, podendo descontá-los em casas de câmbio.

Como utilizar o cheque

Fazer transferências via cheque é simples e rápido. Basta seguir as instruções abaixo:

  • Emissão do cheque: preencha o cheque corretamente com a data, o valor numérico e por extenso, o nome do beneficiário e assine.
  • Entrega do cheque ao beneficiário;
  • Depósito do cheque: O beneficiário pode depositar o cheque em sua conta bancária ou sacá-los em lotérica.

2. Transferência Eletrônica Disponível (TED)

A Transferência Eletrônica Disponível (TED) permite que os clientes façam transferências de forma rápida e eletrônica, sendo uma alternativa direta ao extinto DOC.

As taxas de transferência via TED podem variar conforme o banco. Essa variação oscila entre R$ 8,00 até R$ 25,00. 

No entanto, os TEDs funcionam somente em dias úteis, no horário de funcionamento estipulado pelo banco

Ou seja, as transações feitas em finais de semana ou feriados são processadas no próximo dia útil. Caso contrário, são compensadas no mesmo dia da emissão.

Em 2024, foram cerca de 1,01 bilhão de transações realizadas via TED no Brasil, atrás do boleto, que totalizou 4 bilhões. 

Vantagens de realizar um TED

Mesmo já havendo outros métodos de pagamento mais utilizados atualmente, ainda há vantagens em utilizar o TED: 

  • Rapidez: processado no mesmo dia, proporcionando rapidez e agilidade nas operações financeiras.
  • Flexibilidade de valores: o valor máximo de transferência via TED pode variar conforme a instituição, permitindo a transferência de montantes maiores.
  • Identificação do beneficiário: é possível identificar o favorecido, facilitando a prestação de contas e o planejamento financeiro.

Como fazer transferências via TED

As transferências via TED podem ser realizadas por aplicativo de banco, caixa eletrônico ou direto na agência bancária. 

Em todos os casos, as seguintes informações serão necessárias: valor da transferência, CPF ou CNPJ do beneficiário e número da agência e conta de destino

Caso escolha ir ao caixa eletrônico ou na agência bancária, lembre-se de levar o cartão de crédito e conferir o número da conta bancária. Além disso, ao final da operação, é importante verificar se todos os dados estão corretos e guardar o comprovante.

3. Transferência via Pix

O Pix é o sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, lançado oficialmente em novembro de 2020. Ele permite a realização de transferências e pagamentos gratuitamente de forma eletrônica e disponível 24 horas por dia, todos os dias. 

Para pessoas físicas, o Pix não tem taxa. Porém, a taxa Pix pode ser aplicada em contas PJ, com valores variáveis, conforme a instituição financeira.

Além disso, o Pix é um método de pagamento instantâneo. Ou seja, o valor é compensado no momento em que a operação é confirmada pelo pagador.

Segundo a CNN Brasil, o Pix cresceu 52,4% em 2024, totalizando mais de 63,51 bilhões de transações no período. Atualmente, é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros.  

Vantagens de utilizar o Pix

  • Instantaneidade: as transações via Pix são processadas em tempo real, proporcionando resultados praticamente imediatos. 
  • Disponibilidade 24/7: está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo feriados, trazendo flexibilidade aos usuários.
  • Chaves Pix: o uso de chaves Pix simplifica a identificação do destinatário, eliminando a necessidade de informar dados bancários extensos.
  • Custo competitivo para empresas: geralmente, a taxa do Pix para empresas é mais baixa do que em outros meios de pagamento. Confira as taxas do Asaas aqui
  • Integração com outros serviços: O Pix está sendo gradualmente integrado a outros serviços financeiros, ampliando ainda mais suas possibilidades de uso, como em API de pagamento, por exemplo.

Como fazer Pix pelo Asaas?

O Asaas uma plataforma que oferece uma conta digital completa para empresas. Por meio desse sistema integrado, é possível fazer todo processo de gestão financeira e cobranças em um único lugar.

Para gerar cobranças no Asaas, basta ir ao menu lateral e acessar a opção Cobranças – Todas e selecionar a opção Adicionar cobrança.

Passo a passo para a cobrança via Pix no Asaas.

Em seguida, preencha os campos obrigatórios para a criação da cobrança. No campo “forma de pagamento”, selecione a opção “Pix” e depois “adicionar cobrança”.

Passo a passo para a cobrança via Pix no Asaas.

Também é possível criar um QR code Pix estático para receber pagamentos. Para isso, acesse o Asaas pelo aplicativo e no menu lateral selecione a opção Pix – Receber Pix. Em seguida, selecione a chave Pix que deseja vincular o QR Code.

Passo a passo para a cobrança via Pix no Asaas.

A conta digital completa do Asaas é a solução para quem busca realizar transferências com praticidade, eficiência e segurança!

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Escrito por

Eduardo Kruger

Diretor de produto no Asaas. Trabalha com desenvolvimento de produtos e tecnologia há quase 20 anos. Já atuou em projetos para grandes empresas, como Conta Azul, HSBC S.A., GVT, TV Globo, MasterCard e GuiaBolso. Tem experiência com gestão de times de desenvolvimento, planejamento de projetos e liderança.

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