Gestão Financeira

Descubra o que são despesas fixas e variáveis e como afetam seu controle financeiro

Publicado em . Atualizado em
Por João Vitor Possamai . Tempo de leitura: 5 mins
Mãos femininas seguram caneta e mexem em calculadora, com o objetivo de identificar as despesas fixas e variáveis do negócio. Ao fundo, há um notebook e materiais de escritório.

Conseguir identificar as despesas fixas e variáveis de um negócio é o primeiro passo para manter a gestão financeira e o fluxo de caixa. Porém, nem sempre essa atividade é fácil. 

Isso porque muitos empreendedores ainda fazem confusão com as contas que devem ser pagas todos os meses e aquelas que surgem ocasionalmente. Vale destacar que essa distinção é fundamental para manter os gastos em dia, sem afetar a produtividade e o lucro. 

Quando falamos do aluguel, da folha salarial e os gastos com internet, água e energia, por exemplo, estamos falando do que é fixo. Por outro lado, o valor que pode ser gasto em uma emergência, como a quebra de um equipamento, é algo variável — que pode ou não acontecer. 

Não há dúvidas de que a pergunta sobre despesas fixas e variáveis faz parte do cotidiano de muitos, e a melhor maneira de sanar esse questionamento é compreendendo o conceito de cada uma e como ambas podem impactar no orçamento de um negócio.

O que são despesas fixas?

Como o nome já propõe, quando falamos das despesas fixas o foco fica em todas as contas que estão programadas. Sendo assim, são aquelas que não possuem ligação direta com a produção ou venda de um produto ou serviço. 

São os débitos que devem ser pagos para manter o funcionamento do negócio, ou seja, os gastos previsíveis e que já estão inclusos. Confira alguns exemplos de despesas fixas: 

  • aluguel do espaço comercial;
  • impostos;
  • pagamentos dos colaboradores;
  • conta de água, energia e internet;
  • despesas com softwares e sistemas.

É válido mencionar que os valores pagos aos funcionários estão enquadrados nas despesas fixas. Porém, caso a empresa trabalhe com comissão, é preciso enquadrar essa quantia a mais na opção dos variáveis, afinal, só é possível fazer uma previsão do custo — sem exatidão.

Já as contas de luz e água podem ser enquadradas como despesas fixas, pois, apesar do valor variar a cada mês, sabe-se que é um gasto mensal e que dificilmente terá uma variação muito grande.

O que são despesas variáveis?

Por outro lado, as despesas variáveis são aquelas que dependem principalmente das vendas e números da produção. Nesse caso, o valor que deve ser pago pode ser alterado conforme os indicativos. 

Diferentemente da primeira situação, em que é possível mensurar todos os gastos, aqui o melhor é contar com uma estimativa, que pode ser alterada de acordo com a produtividade.

Por isso, é fundamental ter um planejamento focado nos números variáveis, afinal, é necessário ter um fluxo de caixa saudável. Veja alguns exemplos: 

  • reembolso dos custos  empresariais;
  • gastos com entregas;
  • multa por atrasos na entrega;
  • imposto por venda;
  • manutenção;
  • comissão dos colaboradores. 

Além disso, gastos de emergência entram nas despesas variáveis, como o conserto de um equipamento.

Diferença entre despesas, custos e receita.

Como as despesas fixas e variáveis afetam o controle financeiro?

Foi possível perceber o quanto as despesas fixas e variáveis podem impactar a saúde financeira do seu negócio, não é mesmo? Isso porque se esses custos não estiverem presentes no planejamento financeiro, é bem provável que algumas contas fiquem para trás.

Por isso, é importante que você compreenda cada uma das contas e que ambas sejam acrescentadas no orçamento: a fixa com os valores determinados e as variáveis com uma prévia do que pode ser gasto.

Comece avaliando as entradas e saídas de dinheiro, com o objetivo de categorizar o que é fixo ou variável. Assim será mais fácil traçar uma quantia realista, evitando surpresas negativas no fim do mês. 

Após incluir os valores, é preciso acompanhar os gastos, analisando se o que foi planejado está sendo seguido. Caso não esteja, é importante identificar os erros para evitar problemas nos próximos meses. 

Quando o assunto são as despesas fixas e variáveis, não existe uma fórmula que seja a melhor. Isso porque a proporção de cada uma pode variar de acordo com o segmento de atuação, com o tamanho da empresa e até mesmo com o número de vendas feitas ao mês. 

É claro que os números fixos são mais fáceis de planejar e acompanhar. Mas, quando o assunto é a flexibilidade, os itens variáveis levam vantagem. O importante é que exista o equilíbrio entre o lucro e as despesas. Só assim será possível manter o planejamento financeiro

Leia nosso conteúdo completo sobre gestão financeira e aprenda mais sobre o assunto!

Imagem mostra a diferença entre despesas fixas e despesas variáveis.

A importância de fazer um bom controle financeiro

Não há como negar que o controle financeiro é a melhor opção para acompanhar os gastos e mensurar os resultados. Sem esse mecanismo, fica difícil compreender o que está dando certo ou não. 

Então, é fundamental que existam maneiras de realizar esse controle semanalmente ou mensalmente, de acordo com o seu negócio. Além do uso de planilhas, indicadores e dados, outra solução é contar com uma plataforma que seja capaz de mapear os gastos. 

Neste caso, para evitar multas e problemas burocráticos, você pode recorrer a um sistema financeiro automatizado, assim como o Asaas, que facilite o gerenciamento de seus pagamentos.

Assim fica mais fácil compreender o dia a dia da empresa, levando em consideração os valores que devem ser pagos todos os meses e aqueles que podem atrapalhar a saúde financeira. Acredite: o controle é o único caminho para chegar ao sucesso!

Passo a passo do planejamento financeiro.

Quer saber mais sobre o assunto? Então conheça a gestão centralizada e saiba como a ferramenta pode modificar o sistema de trabalho.

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Escrito por

João Vitor Possamai

Diretor Financeiro do Asaas. Formado em Finanças e Contabilidade pela New York University (NYU), possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro. Atuava como diretor no CPP Investments, maior fundo de pensão canadense, com quase 500 bilhões de dólares sob gestão. Já teve passagem pelo Macquarie, em Nova York, e pelo HSBC, em São Paulo.

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