Gestão Financeira

Qual a diferença entre receitas e despesas do negócio? Guia completo

Publicado em . Atualizado em
Por João Vitor Possamai . Tempo de leitura: 10 mins
Homem anotando receitas e despesas da empresa em caderno, com porquinho azul, moedas, cédulas e calculadora sobre a mesa.

Gerenciar eficazmente as receitas e despesas é uma habilidade fundamental para o sucesso financeiro de qualquer empresa. 

Não importa o tamanho do negócio, a capacidade de acompanhar, controlar e otimizar as entradas e saídas de dinheiro é essencial para garantir uma operação sustentável e lucrativa. 

Neste artigo, exploraremos a importância de um gerenciamento cuidadoso das receitas e despesas financeiras na contabilidade da empresa, bem como estratégias práticas para manter as finanças sob controle. Continue lendo!

O que são receitas e despesas?

Receitas e despesas são os principais componentes que refletem o desempenho financeiro de uma empresa, mostrando como os recursos são movimentados e utilizados ao longo de suas operações.

Esses elementos estão diretamente ligados à saúde e gestão financeira do negócio, sendo fundamentais para avaliar a viabilidade de crescimento. 

A análise detalhada das receitas e despesas permite identificar oportunidades de otimização, evitar desperdícios e garantir a sustentabilidade das operações no curto e longo prazo.

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Qual a diferença entre receita e despesa?

Para garantir um gerenciamento financeiro eficaz em qualquer empreendimento, é crucial compreender claramente a distinção entre receitas e despesas.

Cada um desses elementos desempenha um papel único na estrutura financeira empresarial e afeta diretamente sua rentabilidade. Confira:

O que são receitas?

As receitas representam o dinheiro que uma empresa ganha com a venda de produtos ou serviços aos seus clientes. Essas entradas financeiras são cruciais para o funcionamento do negócio e são consideradas um indicador-chave de seu desempenho financeiro. 

As receitas são geralmente categorizadas em receitas operacionais e não operacionais, sendo as primeiras aquelas relacionadas diretamente às atividades principais da empresa e as últimas provenientes de fontes secundárias, como investimentos ou vendas de ativos.

Vale ressaltar que, receita é diferente de lucro. Uma empresa pode ter lucro, ou seja, gerar receitas que excedem suas despesas, mas ainda assim não ser rentável. 

Por exemplo, um negócio pode registrar lucro em suas operações principais, mas se não incluir despesas como impostos para empresas, juros sobre empréstimos e outros custos indiretos, ele pode parecer lucrativo na superfície, mas na realidade não está gerando um retorno adequado sobre o capital investido. 

Portanto, é crucial analisar não apenas o lucro, mas também a rentabilidade, que leva em consideração todos os custos envolvidos na geração de receita.

O que é despesa?

As despesas são os gastos incorridos pela empresa para operar e manter suas atividades comerciais. Isso inclui uma ampla gama de itens, como salários de funcionários, aluguel de instalações, contas de serviços públicos, despesas com matéria-prima e marketing, entre outros. 

As despesas são classificadas em despesas operacionais e não operacionais, sendo as primeiras relacionadas diretamente à produção e venda de bens ou serviços, enquanto as segundas incluem despesas como juros sobre empréstimos ou perdas cambiais.

Ao administrar as finanças de um negócio, é crucial compreender a distinção entre despesas fixas e variáveis, pois cada uma dessas categorias desempenha um papel significativo no controle financeiro e na tomada de decisões estratégicas. 

  • Despesas fixas: gastos que permanecem constantes independentemente do volume de produção ou das vendas da empresa. Elas são recorrentes e previsíveis, facilitando sua inclusão no planejamento financeiro. Exemplos: aluguel, salários dos funcionários administrativos, seguro e depreciação de equipamentos;
  • Despesas variáveis: gastos que flutuam de acordo com a produção ou as vendas da empresa. Estão diretamente relacionadas à atividade operacional e tendem a aumentar à medida que a produção aumenta ou diminui. São exemplos de despesas variáveis: matéria-prima, mão de obra direta relacionada à produção, comissões de vendas, transporte e embalagem. 
Imagem mostra a diferença entre despesas fixas e despesas variáveis.

Qual a importância de ter o controle de receitas e despesas?

As receitas e despesas desempenham um papel crucial no controle financeiro de uma empresa. Elas fornecem uma base estável para o planejamento financeiro e podem ser facilmente orçadas, permitindo uma melhor previsão de fluxo de caixa e uma gestão mais eficaz dos recursos. 

Entender e avaliar as receitas e despesas empresariais é essencial para manter a saúde financeira de qualquer negócio. Aqui estão algumas razões pelas quais esse controle é fundamental:

  • Processo de tomada de decisão assertivo: o controle adequado das receitas e despesas fornece uma visão clara da situação financeira da empresa, permitindo que os gestores tomem decisões informadas sobre investimentos, expansão, cortes de custos e outras estratégias comerciais;
  • Planejamento financeiro: ao monitorar receitas e despesas, é possível criar orçamentos realistas e estabelecer metas financeiras alcançáveis. Isso ajuda a evitar problemas de fluxo de caixa e a manter a empresa operando de forma sustentável;
  • Identificação de oportunidades e desafios: o controle financeiro permite que os gestores identifiquem oportunidades de crescimento, bem como desafios potenciais que precisam ser enfrentados. Isso inclui a identificação de áreas onde os custos podem ser reduzidos ou onde investimentos adicionais podem gerar retornos significativos;
  • Transparência e prestação de contas: um sistema sólido de gerenciamento de receitas e despesas promove transparência dentro da empresa e fornece uma base sólida para a prestação de contas aos acionistas, investidores e outras partes interessadas.

Como fazer o controle de receitas e despesas?

Para que seu negócio possa crescer saudável e se manter forte diante das variações do mercado e pressão da concorrência, fazer o gerenciamento de receitas e despesas financeiras é muito importante.

Por isso, uma gestão financeira eficaz não apenas garante a saúde financeira no presente, mas também contribui para seu crescimento futuro e sua capacidade de lidar com os desafios do mercado. 

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Aqui estão algumas práticas essenciais para garantir um controle de receitas e despesas eficiente:

1. Realize o controle do fluxo de caixa

O fluxo de caixa é o coração da gestão financeira de uma empresa. Ele representa a entrada e saída de dinheiro durante um determinado período de tempo e é essencial para entender a liquidez da empresa. 

Para realizar um controle eficaz do fluxo de caixa, é fundamental registrar todas as transações financeiras diárias, incluindo vendas, recebimentos, pagamentos de contas, despesas operacionais, investimentos e empréstimos.

Além disso, é importante projetar o fluxo de caixa futuro para prever períodos de folga ou escassez de caixa e tomar medidas preventivas, como reduzir despesas não essenciais ou buscar financiamento adicional.

2. Classifique seus custos e receitas

Classificar custos e receitas é essencial para entender de onde vem o dinheiro e para onde ele está indo. 

Ao categorizar os custos, as empresas podem identificar áreas de alto custo e encontrar maneiras de reduzi-los. As receitas também devem ser classificadas para identificar fontes de lucro e áreas de oportunidade para aumentar as vendas ou expandir o negócio.

3. Planeje os pagamentos e recebimentos

Um planejamento cuidadoso dos pagamentos e gestão de recebíveis é fundamental para evitar problemas de fluxo de caixa e garantir que a empresa possa cumprir suas obrigações financeiras.

Estabeleça prazos claros para o pagamento de contas e emita faturas de forma oportuna para garantir que os clientes paguem pelos produtos ou serviços prestados dentro do prazo estabelecido.

4. Análise seu capital de giro

O capital de giro é a diferença entre os ativos circulantes (recursos disponíveis) e os passivos circulantes (obrigações de curto prazo). 

Ele representa a capacidade da empresa de financiar suas operações diárias e é um indicador importante da saúde financeira da empresa. 

Uma análise cuidadosa do capital de giro ajuda a determinar se a empresa tem recursos suficientes para cobrir suas despesas operacionais e obrigações de curto prazo.

Exemplo de como calcular capital de giro simples.

5. Separe as contas pessoais com as da empresa

Uma prática fundamental para o controle financeiro empresarial é manter as finanças pessoais e empresariais separadas. 

Misturar as finanças pessoais com as empresariais pode complicar o controle financeiro e obscurecer a visão precisa da saúde financeira da empresa. 

Portanto, é recomendável que os proprietários ou sócios abram contas bancárias separadas para a empresa e para suas finanças pessoais.

6. Mantenha um bom relacionamento com fornecedores

Manter um relacionamento positivo e transparente e saber como negociar com fornecedores pode trazer uma série de benefícios para a empresa. Além de garantir a qualidade e o fornecimento regular de insumos e produtos, um relacionamento sólido pode abrir portas para negociações vantajosas. 

Fornecedores satisfeitos estão mais propensos a oferecer prazos mais flexíveis, descontos por volume de compra e até mesmo condições de pagamento especiais em momentos de dificuldade financeira da empresa.

7. Automatize os processos

A automação de processos financeiros pode economizar tempo e recursos, além de reduzir erros humanos. 

Utilizar softwares de gestão financeira, como sistemas de contabilidade e programas de emissão de notas fiscais eletrônicas, pode simplificar tarefas como controle de estoque, faturamento, controle de contas a pagar e receber, entre outros. 

A automatização não apenas aumenta a eficiência, mas também melhora a precisão e a confiabilidade das informações financeiras, proporcionando uma base sólida para a tomada de decisões estratégicas.

8. Tenha uma reserva para emergências

Manter um fundo de emergência é fundamental para garantir a estabilidade financeira da empresa em momentos de crise ou imprevistos. 

Essa reserva, conhecida como “colchão de segurança”, deve ser constituída por uma quantia de dinheiro suficiente para cobrir despesas operacionais e obrigações financeiras durante um período de tempo determinado, como três a seis meses. 

Essa reserva proporciona uma rede de segurança financeira que permite à empresa enfrentar situações adversas, como uma queda inesperada nas vendas ou despesas não planejadas, sem comprometer sua operação ou recorrer a empréstimos onerosos.

9. Acompanhe o desempenho financeiro da empresa com métricas

Monitorar o desempenho financeiro da empresa por meio de métricas e indicadores-chave de desempenho (KPIs) é essencial para tomar decisões informadas e identificar áreas de melhoria. 

Algumas métricas importantes incluem o índice de liquidez, margem de lucro líquido, retorno sobre o investimento (ROI), ponto de equilíbrio, entre outros. 

Ao analisar regularmente essas métricas, os gestores podem identificar tendências, detectar problemas financeiros precocemente e tomar medidas corretivas para otimizar o desempenho financeiro da empresa.

10. Conte com o Asaas para gerenciar suas receitas e despesas

O Asaas é a melhor ferramenta do mercado para cuidar da sua gestão financeira. Como uma conta digital completa, o Asaas possui ferramentas essenciais para receber pagamentos, gerar cobranças e emitir notas fiscais.

Além disso, o Asaas também funciona como uma plataforma de gestão, que permite uma construção do seu negócio de forma mais eficiente e assertiva. 

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Escrito por

João Vitor Possamai

Diretor Financeiro do Asaas. Formado em Finanças e Contabilidade pela New York University (NYU), possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro. Atuava como diretor no CPP Investments, maior fundo de pensão canadense, com quase 500 bilhões de dólares sob gestão. Já teve passagem pelo Macquarie, em Nova York, e pelo HSBC, em São Paulo.

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