Segurança

O que é MFA? Entenda mais sobre a autenticação multifator e sua importância

Publicado em . Atualizado em
Por Priscila Coelho . Tempo de leitura: 11 mins
A imagem mostra uma mulher com o celular na mão, em frente ao computador, fazendo a autenticação multifator para entrar no seu app.

A segurança de dados é uma prioridade quando falamos sobre contas digitais. Nas últimas décadas, se discutiu muito sobre como manter os fluxos de informação e dados seguros e a partir de fontes confiáveis.

Segundo a ClearSale, que realizou um estudo em 2021 conhecido como Mapa da Fraude, houve um aumento de 58% em tentativas de fraude de transações comparados ao ano anterior.

Esse dado também está relacionado a um estudo feito pelo Serasa, mostrando que 62% dos e-commerces brasileiros pretendem aumentar os investimentos em segurança, tecnologia e prevenção.

Essas estatísticas apenas demonstram a necessidade de melhorar os investimentos de segurança dentro do ambiente digital. É para esse fim que surgem estratégias de proteção de dados, como geolocalização de IP e a autenticação multifator, que tratamos neste conteúdo. Continue lendo!

O que é autenticação multifator?

O MFA é uma sigla em inglês para Multi Factor Authentication ou autenticação multifator. Em outras palavras, na autenticação multifator é criado uma etapa de verificação a mais ao identificar um novo acesso a um sistema, uma nova operação financeira etc

Assim, é possível garantir que apenas você ou pessoas autorizadas tenham acesso às informações da conta digital, por exemplo.

Ao combinar dois fatores de autenticação de um usuário, é possível criar uma camada a mais de segurança para esse procedimento. Afinal, mesmo que um dos fatores, como a senha, seja comprometido, o outro impede o acesso indevido.

Por conta da sua fácil aplicação, a autenticação multifator se tornou muito popular entre os principais sites nos últimos anos. Essa solução pode parecer simples, mas consegue evitar que usuários mal intencionados consigam acessar ou corromper informações.

Por que usar a autenticação multifator

O principal foco da autenticação multifator (MFA) é a segurança. Embora você possa acreditar que sua senha é bastante segura, os métodos para descobrir informações são muito variados

Até mesmo grandes plataformas, como a Data Deposit Box ou banco de dados da Origin, são casos recentes de empresas que tiveram quebras de segurança. Nem mesmo bancos de dados do governo federal estão a salvo de hackers.

Por isso, ao implementar o método MFA no sistema do seu site você possui a possibilidade de contar com diversas camadas de segurança. Esse procedimento não torna um ambiente digital inviolável, mas é uma das principais ferramentas para aumentar a segurança online e impedir o acesso não autorizado.

O MFA vai além da autenticação de dois fatores, possibilitando mais camadas de segurança para entrar na conta. Assim, você pode navegar com mais segurança, com a certeza de que seus dados e dos seus clientes e fornecedores estarão bem guardados.

Como funciona a autenticação multifator?

A autenticação multifator funciona aplicando dois ou mais métodos para testar a identidade de um usuário antes de liberar o acesso a um sistema. Essa aplicação fornece uma camada extra para controle e proteção dos seus dados.

Existem três modelos principais para o funcionamento da autenticação multifator. De modo geral, as três modalidades estão relacionadas com alguns elementos dados pelo usuário ao tentar acessar uma conta.

São eles: conhecimento, posse e inerência. Essas três características se combinam para oferecer mais segurança dentro da operação.

1. Modelo de conhecimento

O modelo de conhecimento se baseia nas respostas para perguntas de segurança pessoal. São aquelas informações dispostas no momento da criação do nome de usuário e senha, que podem ser utilizadas como critério de acesso.

Também são considerados modelos de conhecimento as senhas e as OTPs, que são senhas geradas unicamente para a validação de um acesso online. Esse sistema muitas vezes necessita de aplicativos em um celular para acessar a conta.

2. Modelo de posse

No modelo de posse, também se encaixam as OTPs, geralmente, no formato de códigos gerados em aplicativos de smartphone. No geral, são considerados modelos de posse acessos que necessitam de algum tipo de método de autenticação externo.

Esse acesso pode ser relacionado a possuir algum crachá, dispositivo USB, certificado por software ou token, que são aparelhos geradores de senha independentes da conexão com internet.

3. Modelo de inerência

O modelo de inércia considera outros fatores externos como medidas de segurança. É possível dizer que nessa etapa são consideradas tecnologias para camadas mais profundas de segurança.

Nesse caso, se aplicam o uso de reconhecimento facial, autenticação de impressões digitais, retina, biometria visual etc. Também podem ser considerados fatores como avaliação comportamental, dependendo da necessidade de acesso.

Vale ressaltar que o modelo mais comum de uso para o MFA é a modalidade de conhecimento, exigindo a integração de um código junto do login e senha.

Quais os benefícios da adoção desse método?

Além da segurança antifraude, utilizar um método de autenticação multifator permite maior confiabilidade ao seu sistema. Isso significa ter uma metodologia acessível e, ainda assim, segura para aqueles que acessam suas plataformas..

Isso pode economizar recursos investidos em ressarcimentos com prejuízos de fraudes, além de otimizar o tempo das equipes de tecnologia, que podem aplicar essa solução com maior facilidade.

Quais são os impactos da aplicação de MFA na plataforma Asaas?

Em 2022, aplicamos dentro do Asaas a função de autenticação multifator. Essa ação visa aumentar ainda mais a proteção dos seus dados e nosso sistema de informação interno.

Essa medida se junta a outras das nossas boas práticas de segurança da informação. Ao manter um sistema mais seguro, podemos focar nossos esforços de desenvolvimento e acompanhar a escalabilidade da nossa plataforma.

O MFA permite mais confiabilidade ao sistema do Asaas, além de minimizar as chances de acessos indevidos para as contas online dos nossos clientes, que confiam seus dados dentro da nossa plataforma.

Sendo uma solução completa para suas necessidades, a segurança é um pilar fundamental para nosso negócio e a segurança dos seus dados é nossa prioridade!

Quando será solicitado o código MFA no Asaas?

Dentro do Asaas, o MFA será solicitado sempre que o sistema entender que é seu primeiro acesso na conta, dentro daquele dispositivo. Você irá acessar sua conta, informar seus dados de login: e-mail e senha. 

Após a validação dessas informações, o sistema irá verificar seu dispositivo. Se ele reconhecer, você entrará na sua conta normalmente. Se não, será seguido de um segundo fator de autenticação.

Como manter os dados atualizados?

Quando falamos em proteção, não podemos deixar de falar sobre as principais precauções para segurança de dados. Uma das principais estratégias para acessar dados de contas é utilizando engenharia social.

Esse método consiste em enganar usuários para conseguir informações de acesso a partir de táticas sociais. Os golpistas se disfarçam de atendentes ou enviam mensagens falsas para tentar obter senhas a partir de conversas.

Seus dispositivos e sistemas de e-mail, computador, celular e redes sociais também podem ser alvos tanto de ataques digitais quanto de engenharia sociais. 

Por isso, é essencial manter sua conta segura e suas informações sempre atualizadas. Assim você mantém seu sistema atualizado, suas senhas fortes e seguras, além de tornar todo o banco de dados alinhado.

Como proteger seu negócio contra fraudes?

Assim como o Asaas está aplicando práticas para melhorar nossa segurança, você também pode optar por proteger seu negócio. Existem muitos modelos possíveis para realizar proteção digital contra fraudes e cada ferramenta é focada em um princípio de segurança.

Um exemplo é a verificação geolocalizada, como um parâmetro para identificar tentativas de fraude. Nesse sistema também é possível utilizar outras informações para verificar uma tentativa de fraude como horário da tentativa de acesso, tipo de dispositivo ou se a conexão é por rede privada ou pública.

Todos esses elementos se combinam, em conjunto com aplicação de autenticação multifator, para proporcionar um protocolo sustentável de segurança.

Tipos comuns de fraude

Desde fraudes com tentativas de acesso até fraudes de cartão de crédito, você precisa conhecer as principais práticas para proteger sua empresa das principais táticas de fraude.

Chargeback

O chargeback ou “estorno” acontece quando o titular do cartão identifica uma transação que não reconhece como sua. Ele efetua a queixa para a operadora, que devolve o valor para o titular, caso entenda que ele não recebeu o produto ou que a compra foi feita com um cartão roubado. Nesse caso, uma taxa extra é cobrada do comerciante.

Gerador de números de cartão

Alguns criminosos podem utilizar ferramentas que produzem diversas combinações numéricas, para obter um número válido de cartão de crédito. Quando isso ocorre, eles realizam diversas compras com o cartão roubado.

Phishing

Nesse caso, se aplicam diversas práticas de fraude que visam enganar um cliente para roubar seus dados. Esse tipo de golpe também é chamado de “engenharia social”, já que se baseia em roubar dados da vítima com técnicas enganosas. 

Desde falsas ligações de banco para pedir números de cartão, até e-mails com links duvidosos que invadem dados do usuário. Essa prática tem sido muito comum com o uso do Pix, visando obter chaves de acesso ou induzindo clientes a realizar transações.

A melhor ferramenta para combater esse tipo de prática é manter seu consumidor alerta e prudente, para que não forneça seus dados a ninguém.

Evite fraudes em transações no seu negócio

Para evitar que seu negócio caia em fraudes e que sua logística empresarial fique vulnerável, você precisa adotar algumas medidas para lidar com hackers, golpistas e outros criminosos que visam atacar seu negócio.

Invista em tecnologia

Sistemas de automação podem ser grandes aliados no combate à fraude. Esse modelo de plataforma ajuda a confirmar dados financeiros dos seus clientes, evitam chargebacks e notificam possíveis erros de transação.

Com integração das formas de pagamento, sistema de cobrança e notificações fica mais fácil analisar valores recebidos. Além disso, algumas plataformas também oferecem soluções antifraude que podem ajudar sua empresa.

Faça análises de crédito

Muitas fraudes estão relacionadas a cancelamentos. Por conta disso, é importante investigar a reputação do seu cliente. Existem diversas ferramentas que ajudam a combater esse tipo de ação:

  • consulta do histórico do consumidor;
  • verificar as anotações dos órgãos de proteção ao crédito;
  • limite de comprometimento financeiro (score);
  • status na Receita Federal.

Atualize seu banco de dados

O cadastro de dados, com informações atualizadas dos seus clientes, é essencial para garantir uma boa análise do perfil dos seus consumidores.

Você precisa ir além das estatísticas, identificando comportamento dos seus consumidores, como emprego, estado civil, filhos etc. Afinal, todos esses fatores podem impactar na capacidade do seu cliente de honrar seus compromissos financeiros.

Oriente seus clientes

Manter seus consumidores orientados é um passo fundamental para evitar fraudes. Os criminosos costumam atacar primeiro pessoas físicas, já que necessitam de dados pessoais e dos cartões para cometer a maior parte do tipo de fraudes.

Seus clientes precisam estar orientados sobre fontes confiáveis de informação, manter sistemas antivírus e não compartilhar dados. Além disso, precisam de atenção especial com celulares e smartphones, já que as fraudes são mais comuns através desses dispositivos.

Modelos de cobrança

Apesar dos cartões de crédito serem conhecidos como fontes de fraudes, esse tipo de ação é mais comum em formas de pagamento como boleto e Pix.

Afinal, os cartões de crédito costumam exigir uma maior quantidade de informações para criminosos. Além disso, os cartões possuem diversas etapas para verificação, além de necessitarem de limite para operações e validação da operadora.

Oferecer pagamento via Pix e boleto é essencial para a saúde financeira do seu negócio, mas vale criar protocolos mais rígidos para esse tipo de pagamento. Assim, você também mantém o controle sobre as transações feitas dessa forma.

Quanto mais informações você possuir sobre as transações financeiras e comportamentos dos seus clientes, mais prevenido você pode estar para lidar com fraudes e tentativas de golpe.
Por isso, conte com o Asaas para oferecer as principais formas de pagamento para seus clientes, com segurança e eficiência.

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Escrito por

Priscila Coelho

Analista do time de CyberSecurity no Departamento de Segurança da Informação do Asaas. Formada em Tecnologia em Processamento de Dados pelo CESUPA, com especialização em Segurança da Informação pelo SENAI/SC, possui mais de 14 anos de experiência na área de Tecnologia, acumulando conhecimentos significativos ao atuar em empresas de renome, como FIESC e Capgemini. Atualmente, o foco de atuação é a implementação de processos, tecnologias e conscientização de pessoas, visando proteger sistemas e dados contra ameaças cibernéticas, desempenhando um papel essencial na garantia da segurança digital do Asaas.

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