Se você quer preparar seu negócio para uma futura venda ou captar investimentos com segurança, este conteúdo é para você. Vou te mostrar, de forma prática, o que precisa estar no radar de quem deseja iniciar um processo de compra e venda de empresas.
Como CRO no Asaas, posso dizer com segurança: preparar a organização para esse movimento não é opcional. É parte do jogo. Tenho acompanhado de perto negociações de M&A e os bastidores do crescimento acelerado de negócios que se tornam atrativos para o mercado.
Hoje, quero compartilhar os principais aprendizados que tenho visto no cenário atual e também vivenciado aqui no Asaas. Fique comigo até o fim e você vai sair com um passo a passo direto para estruturar sua empresa e deixá-la pronta para essa transação.
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Qual o cenário atual do mercado de M&A no Brasil?
Se você chegou até aqui, talvez esteja avaliando vender sua empresa, fazer uma aquisição estratégica ou, ao menos, entender melhor como funciona esse movimento de fusões e aquisições (M&A).
Mas o desafio é que, para a maioria dos empresários, esse ainda é um território pouco familiar. Sem saber por onde começar ou quais são os riscos envolvidos, muitos acabam adiando decisões importantes ou entrando em negociações despreparados.
Seja qual for o caso, uma coisa é certa: o cenário brasileiro mudou para melhor. E essa afirmação não é baseada na minha percepção individual. Ao conversar com especialistas da área, como o Guilherme Tossulino, ficou evidente que estamos em um novo momento no mercado de M&A brasileiro.
“O mercado tem ganhado maturidade. Estamos vendo mais empresas com capacidade de fazer aquisições e outras se preparando melhor para serem vendidas.” , Guilherme Tossulino, sócio da Questum, empresa especializada em M&A (fusões e aquisições).
As empresas estão mais estruturadas, o ecossistema evoluiu e as negociações de compra e venda de empresas se tornaram mais frequentes, principalmente no setor de tecnologia.
Empresas como TOTVS, LinX, e o próprio Asaas vêm liderando movimentos de aquisições estratégicas com foco em crescimento acelerado e ganho de produtividade.
E para quem está se preparando para vender, existe uma mudança de mentalidade em curso: vender a empresa não é mais visto como o fim da linha, e sim como uma jogada inteligente de expansão e geração de valor.
Se tem algo que aprendi acompanhando esse tipo de operação, é que não basta esperar a oportunidade bater à porta. É preciso se preparar, entender o mercado, se posicionar com clareza e ter visão de futuro.
Como se preparar para a compra e venda de empresas?
Se você acredita que pode ser um alvo de aquisição ou venda de empresas diante do cenário apresentado anteriormente, é hora de entrar em um conteúdo mais prático.
Uma empresa pode até chamar atenção pelo crescimento ou inovação, mas se estiver desorganizada internamente, as chances de avançar em uma negociação diminuem drasticamente.
A boa notícia é que existe um caminho. Negócios que querem estar no radar de compradores precisam estar com a casa em ordem: finanças claras, processos bem definidos, riscos controlados e uma visão de longo prazo que faça sentido no mercado.
Nos próximos tópicos, vou mostrar quais são os principais critérios observados por investidores e adquirentes. Vou usar como base experiências reais do mercado e na forma como empresas, como o Asaas, se preparam para crescer.
Se você ainda não sabe o que é o Asaas, ele é um bom exemplo nesse contexto. Mais do que uma conta digital PJ, o Asaas é uma plataforma operacional para negócios completa.
A empresa oferece soluções que vão desde a cobrança até a antecipação de recebíveis, análise de crédito, controle de inadimplência e gestão por meio de um ERP gratuito. Essa clareza operacional torna a empresa mais atraente para investidores e potenciais compradores.
Agora, vamos aos tópicos que realmente importam na hora de se preparar para uma compra ou venda de empresa:
1. Tenha uma contabilidade empresarial à prova de auditoria
Na minha experiência, tenho visto como algumas startups negligenciam a contabilidade nos primeiros anos. Mas não se engane: é exatamente essa base que vai ser analisada em profundidade na due diligence.
Não importa o quão promissora a empresa pareça. Toda transação passa por diligências no valuation.
O que investidores e compradores buscam aqui é consistência nos números, estrutura tributária sólida, e informações financeiras acessíveis e confiáveis. Por isso:
- Tenha balanços auditados por escritórios de confiança;
- Mantenha a organização tributária em dia;
- Separe as finanças pessoais das empresariais.
No Asaas, levamos essa parte a sério desde o início. Tratamos a contabilidade com a mesma prioridade que produto ou marketing. E mais do que isso: usamos nossas próprias ferramentas para facilitar esse controle.
A plataforma do Asaas oferece relatórios financeiros completos, conciliação automática de recebíveis, controle de fluxo de caixa e integração com sistemas contábeis. Tudo isso contribui para manter a empresa organizada e com informações acessíveis.
2. Estruture a governança do negócio desde o início
Governança não é um luxo reservado a grandes empresas. É um pilar para qualquer negócio que queira crescer de forma sustentável.
Se a estrutura societária da sua empresa não cabe em uma página, provavelmente você ainda não está pronto para uma negociação de venda.
- Comece com contratos formais entre sócios e colaboradores;
- Nada de promessas informais de equity que, somadas, passam de 100% da empresa (sim, isso acontece com frequência);
- Estabeleça um acordo de sócios claro, com cláusulas de saída, tag/drag along, vesting, etc.
No Asaas, desde cedo nos preocupamos em documentar e organizar todos esses pontos. A clareza na governança facilita decisões estratégicas e prepara o terreno para rodadas de investimento ou processos de aquisição.
Por exemplo, em 2024, capturamos R$ 820 milhões em uma rodada de investimentos Série C liderada pela BOND.
Essa injeção de capital permitiu a ampliação rápida do nosso portfólio de soluções, solidificando ainda mais a nossa posição de liderança no mercado.
3. Organize a casa jurídica da empresa
Outro problema comum que tenho observado é empresas que não conseguem comprovar a regularidade das suas operações. Elas tendem a perder valor ou até travam negociações promissoras.
Toda informação relevante precisa estar formalizada:
- Contratos com clientes e fornecedores;
- Registros de propriedade intelectual (softwares, marcas, patentes);
- Políticas de compliance e LGPD.
Ter auditorias recorrentes e contar com relatórios completos de movimentações financeiras facilita a organização jurídica e contábil em processos estratégicos.
4. Alinhe expectativas desde o início no processo de M&A
Negócio fechado não significa sucesso garantido. A integração entre empresas pode ser mais complexa do que parece e a cultura organizacional costuma ser um fator decisivo.
Antes mesmo de avançar com a assinatura de um contrato de M&A, é fundamental entender:
- Como a empresa adquirente opera?
- Quais são seus valores?
- Há sinergia entre as lideranças?
- Quanto será necessário para adaptar processos, ferramentas e rotinas?
Vai por mim: sem esse alinhamento prévio, o que era para ser um crescimento conjunto pode virar um cenário de conflito e frustração.
5. Não centralize as operações no fundador
Outro erro que tenho notado é que um dos maiores entraves em negociações de M&A é a dependência excessiva do fundador. Quando tudo gira em torno de uma única pessoa, o risco aumenta. É aqui que o valuation tende a cair.
Se a saída do fundador está no radar após o deal, é preciso garantir que o negócio siga funcionando sem ele.
Ter uma equipe preparada, processos bem documentados e uma liderança capaz de manter a operação no dia a dia é o que transforma uma transição em crescimento futuro.
6. Prepare-se para uma integração longa entre empresas
A venda é apenas o começo. A integração entre empresas pode levar de seis meses a dois anos, exigindo paciência, resiliência e muito jogo de cintura.
Mesmo com um playbook bem definido, os ajustes surgem no caminho. As lideranças precisam estar preparadas para lidar com mudanças culturais, operacionais e estratégicas, sem perder o foco no crescimento.
Por aqui, passamos por processos de integração que mostraram, na prática, como uma comunicação clara e uma cultura de colaboração são essenciais para fazer o deal valer a pena de verdade.
Quanto vale a sua empresa e como fazer esse cálculo?
O valuation de uma empresa é um dos pontos mais sensíveis em um processo de M&A. Não existe um número fixo ou uma fórmula mágica. O valor é uma estimativa baseada em dados contábeis, projeções financeiras e, claro, no contexto de mercado.
Ainda assim, existem métodos para orientar essa precificação. Um dos mais usados é o fluxo de caixa descontado (DCF), que calcula o quanto a empresa deve gerar de caixa nos próximos anos e traz esse valor para o presente, com base em uma taxa de risco.
Também é comum usar múltiplos de mercado, como o valor da empresa em relação ao EBITDA, especialmente quando há dados de transações comparáveis no mesmo setor.
Há ainda modelos que consideram o valor patrimonial (baseado nos ativos da empresa) ou o potencial de receita recorrente, muito usado em negócios digitais, como fintechs e plataformas SaaS.
É o caso do próprio Asaas, que se apoia em um modelo de receita mensal previsível e escalável.
No fim, o valor de uma empresa não são apenas números. Envolve percepção de risco, potencial de crescimento e o alinhamento estratégico entre comprador e vendedor.
Eu falo isso com propriedade porque já passei por esse processo. Fui fundador da Code Money, uma fintech que foi adquirida pelo Asaas. Vivenciei de perto o desafio de calcular o valuation de uma empresa em um mercado dinâmico, com foco em receita recorrente. Por isso, sei como esse cálculo vai muito além das planilhas.
Como o Asaas apoia empresas em processos de M&A?
Falamos sobre muita coisa até aqui e se você chegou até o final, já deve estar com a cabeça cheia de ideias e possibilidades.
Eu não sei em qual estágio sua empresa está nesse processo, mas se eu pudesse deixar um conselho para quem está cogitando um M&A, seria este:
Entenda o porquê.
- Por que você criou sua empresa?
- Por que você quer vendê-la?
- O que você quer construir depois?
Ter clareza sobre essas perguntas é o que vai te dar segurança em cada conversa com potenciais compradores.
Além disso, quero indicar aquilo que eu sei que funciona e que se adapta a qualquer tipo de negócio, independentemente do porte ou do setor: o Asaas.
A gente sabe que durante uma fusão ou aquisição, o caos pode bater na porta: integração de sistemas, due diligence e negociações delicadas. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. E se tem uma coisa que você não pode perder nesse momento, é o controle financeiro.
É aí que o Asaas entra. Com ele, você consegue:
- Ter controle total sobre fluxo de caixa, contas a pagar e a receber;
- Centralizar a gestão financeira mesmo durante o caos de uma integração;
- Ter relatórios detalhados que apoiam a due diligence.
Quer uma prova de que isso funciona?
Clientes, como a OSTEC, já obtiveram uma melhoria de 90% em sua gestão financeira, ganhando destaque no mercado.
Não importa se sua empresa vai ser comprada ou está comprando outra: com o Asaas, você tem a base financeira segura para tomar decisões estratégicas.
Crie sua conta digital gratuita no Asaas agora mesmo e tenha uma estrutura financeira bem montada para apoiar sua empresa no processo de M&A.