Toda empresa deve se preparar para realizar diversos investimentos em sua estrutura, materiais, sistemas, entre outros pontos. No entanto, é preciso pensar em alguns fatores do planejamento financeiro empresarial antes de realizar investimentos.
Isso porque, na gestão financeira e contábil, os ativos e bens podem exigir um cálculo mais avançado para compreender sua necessidade. Um desses cálculos é o de amortização de bens. Geralmente, de bens imateriais intangíveis, é preciso entender com mais detalhes como ele funciona.
Por isso, explicaremos, nas próximas linhas, o que é a amortização de bens, como funciona o cálculo e outras características desse procedimento. Continue a leitura!
O que é amortização de bens?
A amortização de bens é um processo que ajuda a calcular quanto um bem imaterial, como uma marca ou software, perde de valor ao longo do tempo. Esse cálculo é aplicado em diversos bens intangíveis.
Com o passar dos anos, esses bens podem se tornar menos valiosos, seja porque ficaram ultrapassados ou porque já não atendem totalmente às necessidades da empresa. Isso pode ser prejudicial na obtenção de vantagem competitiva da empresa em relação à concorrência, pois a ferramenta perde parte da sua utilidade.
Assim, a amortização de bens engloba o cálculo que distribui o valor de um produto não-físico ao longo dos anos, conforme ele vai sendo utilizado e perdendo valor.
Qual é a diferença entre amortização e depreciação?
Por mais parecidos que sejam, a amortização não tem o mesmo significado que a depreciação. A amortização fala sobre o valor dos bens imateriais da empresa ao longo do tempo.
Já a depreciação discorre sobre os bens materiais. É uma forma de reconhecer o uso de um ativo ao longo de sua vida útil. Assim, o cálculo de depreciação está ligado diretamente ao desgaste do material físico.
É importante ressaltar: mesmo que o bem-físico esteja parado há anos, o objeto certamente sofreu depreciação. Seja pelas ações do tempo, como calor e umidade, ou seu pelo uso.
Para garantir que esse valor seja justo, a Receita Federal estabeleceu a Instrução Normativa RFB 1700/2017, padronizando o percentual de depreciação de bens.
Dessa forma, temos os seguintes valores:
- edificações: 4%;
- instalações: 10%;
- móveis: 10%;
- máquinas: de 10 a 25%;
- veículos de passageiros: 20%;
- veículos de mercadorias e tratores: 25%;
- computadores: 20%.
Qual a vantagem da amortização de bens?
Existem muitas vantagens em fazer a amortização de bens, principalmente para manter o equilíbrio e a veracidade do fluxo de caixa e faturamento da empresa. Afinal, o investimento financeiro nos bens intangíveis devem estar inclusos no controle de gastos.
Assim, a partir dessa análise, é possível entender o real valor da empresa e seus ativos. Isso pode colaborar de forma significativa com o seu crescimento empresarial. Existem, ainda, outras vantagens para realizar a amortização de bens na empresa:
Garantir bons negócios em investimentos
Saber qual o valor do bem pode convencer um grande investidor a querer apostar no negócio. Dessa forma, ele conseguirá entender melhor o que a empresa representa para o mercado, e considerar a viabilidade do investimento.
Além disso, esse dado pode colaborar com a sua negociação, evitando que uma empresa aceite valores muito baixos ou estabeleça preços muito acima da média, melhorando as chances de fechar um bom negócio.
Criar um planejamento orçamentário
O cálculo de amortização de bens também permite a criação de um planejamento orçamentário mais eficaz e compatível com sua empresa. Com esse resultado, é possível visualizar os imprevistos e resolvê-los antes que se tornem um problema.
Conhecendo o valor dos bens, é possível prever os gastos com o produto e o valor que ele agrega na empresa. Assim, a gestão financeira não fica comprometida, melhorando o desempenho da empresa.
Reduzir a carga tributária
Com a amortização de bens feita corretamente, a empresa pode diminuir os gastos referente ao produto ao longo do tempo. Com isso, é possível evitar prejuízos futuros.
Para isso, é preciso escolher um sistema de amortização compatível com os objetivos da sua empresa. Existem sistemas diferentes, que consideram alguns pontos para realizar o cálculo da amortização.
Quais os bens que podem ser amortizados?
Bens que podem ser amortizados incluem patentes, marcas registradas, softwares, licenças e direitos autorais. Esses ativos intangíveis são fundamentais para a operação de uma empresa, mas têm uma vida útil limitada, e seu valor deve ser ajustado com o tempo.
A amortização desses bens deve ser feita regularmente, normalmente de forma anual, como parte das operações financeiras e contábeis. Esse cálculo é feito no fechamento do exercício, permitindo que a empresa acompanhe como o valor dos seus ativos intangíveis evolui ao longo dos anos.
No entanto, há duas situações que podem exigir que a amortização seja reavaliada antes do prazo normal:
- A primeira é quando o bem sofre algum evento que impacta sua vida útil. Por exemplo, se um software se torna obsoleto devido a uma nova tecnologia, seu valor pode precisar ser ajustado imediatamente.
- A segunda situação ocorre quando a empresa adquire um novo ativo intangível. Nesse caso, é necessário calcular o valor desse bem e começar a amortizá-lo a partir do momento da aquisição, garantindo que o balanço financeiro reflita corretamente o valor atualizado dos ativos.
Como calcular a amortização de bens?
Saber como calcular a amortização desses bens ajuda a empresa a organizar as finanças, trazendo mais estabilidade ao planejamento de longo prazo. Ignorar esse processo pode resultar em uma avaliação incorreta dos ativos e prejudicar a saúde financeira da empresa.
Além de prejudicar o faturamento e controle de fluxo de caixa durante o período de uso do bem que não for amortizado. Para incorporar essa análise nos relatórios financeiros empresariais, é preciso seguir alguns passos.
Para tornar o entendimento sobre cálculo de amortização de bens mais simples, explicaremos cada um dos passos abaixo:
1. Avalie o valor inicial do ativo
Saber como avaliar o valor inicial do ativo do negócio é importante para o cálculo de amortização de bens. Esse custo é o valor pago pela compra ou criação do ativo, e é necessário para entender o quanto ele representou no mercado ao longo do tempo.
Para esse cálculo, não é necessário incluir gastos variáveis, relacionados à reforma ou ajustes do ativo. Esses custos não são considerados parte do valor inicial, já que tais manutenções acontecem após a compra do bem.
Eles podem ser avaliados de duas formas:
- Custo de aquisição: esse método serve para bens adquiridos de terceiros. Neste caso, o valor inicial é o preço que sua empresa investiu no ativo. Lembre-se de incluir quaisquer outros custos relacionados à compra, como taxas legais e custos de registro.
- Custo de desenvolvimento: caso a empresa tenha desenvolvido o ativo internamente, o valor inicial é avaliado com base nos gastos feitos para o processo de criação. Neste método, sua empresa deve incluir custos com colaboradores, pesquisa e material necessário.
2. Saiba o quanto de vida útil é deixada no ativo intangível
Antes de calcular a amortização de um bem, é necessário avaliar a vida útil deixada no ativo. Ou seja, saber quanto tempo o ativo intangível poderá ser utilizado, conseguindo gerar benefícios econômicos à empresa.
Para chegar a esse resultado, avalie:
- O tipo do ativo: se é um site, um programa, uma logo, etc;
- A utilidade do recurso: se o produto é obsoleto ou não;
- A sua experiência: se foi necessário muitas atualizações ou obteve muitos problemas;
- As possibilidades: se o ativo pode ser atualizado ou acompanha as tendências do mercado
3. Calcule o valor residual do ativo
O cálculo do valor residual envolve estimar quanto um bem intangível ainda pode valer ao final de sua vida útil, caso seja vendido ou continue a gerar valor. Nem todos os bens terão um valor residual significativo, mas quando há expectativa de venda ou uso posterior, ele deve ser considerado.
O valor residual é calculado assim:
Valor Residual = Valor Inicial – (Depreciação Anual x Vida Útil)
Aqui, a depreciação anual (ou redução de valor) pode ser baseada em uma porcentagem definida pela empresa ou pelo mercado. Imagine que uma empresa comprou um software por R$ 40.000, e sua depreciação anual é estimada em 3%. A vida útil do software é de 5 anos:
- Depreciação Anual = R$ 40.000 * 3% = R$ 1.200
- Valor Residual = R$ 40.000 – (R$ 1.200 * 5) = R$ 40.000 – R$ 6.000 = R$ 34.000
Nesse exemplo, o valor residual do software ao final de 5 anos será de R$ 34.000. Com esse valor, é possível, então, calcular o valor da amortização anual do bem imaterial.
4. Faça o cálculo da amortização de bens
Com o valor de pagamento de software e o valor residual do produto, é possível realizar o cálculo da amortização de bens. De maneira geral, a fórmula para o cálculo é a seguinte:
Amortização Anual = Valor Inicial – Valor Residual / Vida útil.
Vamos ao exemplo:
- Valor Inicial do software = R$ 40.000
- Valor Residual = R$ 34.000 (calculado anteriormente)
- Vida Útil = 5 anos
Então, aplicando na fórmula para o cálculo:
Amortização anual = R$ 40.000 – R$ 34.000 / 5 = R$ 6.000 / 5 = R$ 1.200.
A amortização anual será de R$ 1.200. Isso significa que a empresa registrará uma despesa de amortização de R$ 1.200 a cada ano, durante os 5 anos de vida útil do software.
Como a gestão financeira pode auxiliar na amortização de bens intangíveis?
Embora a amortização seja um tema muito complexo, que envolve conceitos e particularidades, é preciso ser considerado na gestão financeira da empresa. Isso porque exige muita atenção e paciência para conseguir obter os resultados corretos na marca.
A gestão financeira se tornará a aliada do negócio no momento de calcular a amortização e levantar esses dados. Existem diversos sistemas e softwares que auxiliam na organização financeira e na execução desses cálculos.
Por exemplo, um sistema ERP garante uma gestão simplificada, permitindo que seus colaboradores invistam mais tempo em ações estratégicas para o negócio. Além disso, essa ferramenta pode oferecer benefícios que facilitam e otimizam o fluxo operacional.
Existem diferentes tipos de ERPs no mercado. O Base by Asaas, sistema de gestão exclusivo, garante a facilidade na leitura de informações vitais ao seu negócio. Além de garantir dados e informações que auxiliam nas estratégias de crescimento e investimento.
Benefícios do ERP do Asaas
Como um sistema integrado, o Base by Asaas auxilia todos os times da empresa a obterem informações financeiras e administrativas em um só lugar. Atualmente, ele é integrado à conta digital Asaas, facilitando ainda na gestão contábil da empresa.
No ERP, é possível coletar dados a respeito do faturamento da empresa, receitas e despesas, compras de mercadoria, relação com fornecedores e muito mais. É um ótimo aliado à equipe na hora de entender sobre a possibilidade de compra e amortização de bens intangíveis.
Assim, por meio dos relatórios, garante uma visão mais abrangente da situação financeira da empresa, dando informações para criação de estratégias assertivas de compra de ativos para a empresa.
Entre os recursos desse sistema estão:
- Integração com a contabilidade para empresas: A integração é uma solução que conecta a área financeira dos seus clientes com seu sistema contábil. Neste caso, você pode recorrer a um sistema financeiro automatizado, assim como o Asaas, que facilite o gerenciamento de suas finanças.
- Controle de fluxo de caixa: cuidar do fluxo de caixa é fundamental para a saúde financeira estar em dia. A partir da gestão financeira, é possível estabelecer metas de crescimento, mantendo o saldo positivo do negócio.
- Emissão de relatórios contábeis: o Base by Asaas oferece diversos relatórios contábeis essenciais para a empresa, como: faturamento, lucros, DRE, entre outros essenciais para investidores ou para a criação de estratégias de crescimento, que mostram a real situação empresarial.
Para ter mais estratégia na hora de calcular a amortização de bens para a empresa, crie a sua conta no Asaas e comece a usar o Base ERP!