Nota fiscal

O que é NFA e como emitir Nota Fiscal Avulsa (NFA-e)

Publicado em . Atualizado em
Por João Vitor Possamai . Tempo de leitura: 7 mins
Homem segura uma prancheta, conferindo o estoque. Ele busca o que é nfa​.

A gestão fiscal é uma parte crucial da operação. Em meio às diversas obrigações tributárias, a emissão de notas fiscais é um elemento vital para a regularidade das transações comerciais. Para empreendedores autônomos e prestadores de serviços ocasionais, a demanda por uma solução mais flexível e ágil se faz presente. 

É nesse contexto que a Nota Fiscal Avulsa se destaca como uma alternativa prática para aqueles que não se enquadram como contribuintes regulares.

Por isso, neste artigo explicamos para o que é NFA, quais momentos ela pode ser a melhor solução para seu negócio, assim como o passo a passo para você emitir esse modelo de nota fiscal. Continue lendo!

O que é NFA?

A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e) é um instrumento fiscal de grande relevância para situações específicas em que não se requer a emissão regular da nota fiscal

Esse documento é diretamente emitido nos portais das Secretarias da Fazenda Estaduais e Municipais, proporcionando flexibilidade em casos que demandam uma abordagem mais ágil e descomplicada.

Essa modalidade de nota fiscal é uma alternativa valiosa para contribuintes que, por diversas razões, não têm a obrigação de emitir NF-e de maneira regular. 

A NFA-e simplifica procedimentos, oferecendo uma solução adaptada a situações específicas, sem a necessidade de um comprometimento extenso com a rotina tributária. 

É um recurso que se destaca pela praticidade e eficiência em circunstâncias em que a emissão convencional não se aplica.

    Quais são as vantagens e desvantagens da Nota Fiscal Avulsa?

    A Nota Fiscal Avulsa é emitida de forma esporádica, muitas vezes em situações específicas e para contribuintes que não possuem a necessidade frequente de emitir notas fiscais. Pode ser utilizada por Microempreendedores Individuais (MEIs), autônomos e outros contribuintes.

    Surge em situações menos habituais, como vendas eventuais, transações com órgãos públicos, ou quando o contribuinte não é obrigado a manter um programa para emitir nota fiscal.

    Embora seja uma boa solução para emissão de notas, é importante avaliar as circunstâncias específicas do negócio e considerar as vantagens e desvantagens antes de optar pela emissão de Nota Fiscal Eletrônica Avulsa. 

    Em muitos casos, a escolha por métodos mais tradicionais de emissão de notas fiscais pode ser mais vantajoso, especialmente para empresas com atividades regulares.

    Vantagens da Nota Fiscal Eletrônica Avulsa

    Primeiramente, é necessário falar das vantagens da NFA-e. Afinal, esse formato de nota surgiu com o objetivo de facilitar a vida de determinados modelos de empresa.

    A principal vantagem do modelo de nota fiscal avulsa é oferecer uma alternativa para aqueles que não são contribuintes regulares de impostos, como autônomos e pequenos prestadores de serviços. Confira outros benefícios desse modelo de nota:

    • Agilidade na Emissão: a simplicidade do processo de emissão permite uma rápida obtenção do documento fiscal, atendendo às necessidades imediatas do prestador de serviço;
    • Facilidade de Acesso Online: geralmente, a emissão da Nota Fiscal Avulsa é realizada por meio de portais online, proporcionando facilidade de acesso e emissão a qualquer momento;
    • Redução de Burocracia: para quem não possui uma frequência regular de emissão de notas fiscais, a NFA-e elimina a necessidade de manter um cadastro extenso junto à Receita Federal;

    Esse modelo de nota fiscal também atendimento a demandas pontuais, sendo ideal para situações esporádicas ou serviços específicos, necessidade de aderir a um sistema fiscal mais complexo.

    Desvantagens da Nota Fiscal Avulsa Eletrônica

    Por outro lado, conforme comentamos, a Nota Avulsa possui algumas desvantagens que precisam ser consideradas antes da emissão, entre elas a limitação de Serviços.

    Dependendo do estado, a NFA-e pode ter limitações quanto aos tipos de serviços que podem ser emitidos por esse meio, o que pode restringir sua aplicabilidade. Conheça outras desvantagens:

    • Custo Adicional: em alguns casos, a emissão pode envolver custos adicionais, como taxas de serviço, o que deve ser considerado pelos prestadores de serviços;
    • Falta de Integração com Sistemas: para empresas que buscam uma gestão mais integrada, a NFA pode não ser a melhor opção, pois muitas vezes não se integra facilmente a sistemas contábeis;
    • Ausência de Benefícios Fiscais: ao contrário de contribuintes regulares, quem emite Nota Avulsa não usufrui dos benefícios fiscais e créditos tributários disponíveis para empresas formalmente cadastradas;
    • Complexidade em Casos Específicos: em situações mais complexas, como transações interestaduais, a NFA-e pode não ser suficiente, demandando outros documentos fiscais específicos;

    Esse é um modelo de nota fiscal limitado, pois a ausência de formalização fiscal pode impossibilitar a recuperação de créditos tributários, algo que empresas formalmente constituídas podem aproveitar.

    Como emitir nota fiscal NFA?

    A obtenção de autorização para emissão da Nota Fiscal Avulsa envolve um processo que varia conforme a legislação estadual de cada região. 

    Para isso, a empresa precisa acessar o portal da Secretaria da Fazenda do seu estado e procurar a seção destinada à emissão. Lá, serão fornecidas informações detalhadas sobre os requisitos e procedimentos a serem seguidos.

    O processo de autorização envolve o preenchimento de formulários, apresentação de documentos e, em alguns casos, a comprovação de regularidade fiscal. 

    Além disso, é essencial estar atento aos prazos e exigências estipulados pela legislação local para garantir uma solicitação bem-sucedida.

    Quem pode emitir Nota Fiscal Avulsa (NFA-e)?

    A prerrogativa de emitir Nota Fiscal Avulsa é concedida a contribuintes que não estão sujeitos à obrigação rotineira de emitir NF-e. 

    Essa categoria abrange situações diversas, como vendas esporádicas para consumidores não contribuintes ou operações específicas que fogem ao escopo regular de emissão de notas fiscais. 

    A flexibilidade oferecida pela Nota Fiscal Avulsa é particularmente útil para negócios que não mantêm uma demanda constante por documentos fiscais eletrônicos. 

    O MEI pode emitir Nota Fiscal Avulsa​?

    A Nota Fiscal Avulsa desempenha um papel crucial quando abre um MEI, oferecendo uma maneira prática e ágil de cumprir com as obrigações fiscais. 

    Para o MEI, que muitas vezes opera em pequena escala e realiza transações esporádicas, a emissão regular de notas fiscais pode não ser uma necessidade diária.

    No entanto, em algumas situações, como vendas para órgãos públicos ou para outras empresas que exigem a emissão de nota fiscal, o MEI pode se deparar com a necessidade de emitir um documento fiscal.

    Nesse contexto, a Nota Fiscal Eletrônica Avulsa surge como uma solução eficiente, permitindo ao MEI cumprir com suas obrigações tributárias de forma descomplicada e adaptada às características específicas do seu negócio.

    Quando devo emitir uma Nota Fiscal Avulsa?

    A emissão da Nota Fiscal Avulsa é indicada em circunstâncias específicas que demandam a regularização fiscal, mas que não se encaixam nos padrões habituais de emissão de NF-e. 

    Essa modalidade é especialmente relevante em transações ocasionais e eventos pontuais em que a obrigação de emitir notas fiscais eletrônicas não é constante.

    Sua utilização é estratégica no momento em que a sua empresa busca eficiência e conformidade em operações esporádicas, representando uma alternativa ágil e alinhada às necessidades específicas de determinados contextos comerciais.

    Agora que você já sabe o que é NFA e como funciona a Nota Fiscal Avulsa, continue no nosso blog e entenda mais sobre outros tipos de notas fiscais!

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    Escrito por

    João Vitor Possamai

    Diretor Financeiro do Asaas. Formado em Finanças e Contabilidade pela New York University (NYU), possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro. Atuava como diretor no CPP Investments, maior fundo de pensão canadense, com quase 500 bilhões de dólares sob gestão. Já teve passagem pelo Macquarie, em Nova York, e pelo HSBC, em São Paulo.

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