O Efeito Tesoura é um fenômeno financeiro que ocorre quando uma empresa enfrenta um desequilíbrio entre seus recebimentos e pagamentos, resultando em um aperto significativo no fluxo de caixa.
Esse fenômeno é caracterizado por uma discrepância entre os prazos de recebimento de valores e os prazos de pagamento de obrigações financeiras. Sendo assim, o efeito tesoura pode levar a uma implosão da capacidade de gerir as finanças, administrar lucros e manter a empresa em crescimento.
Para entender mais o que é o efeito tesoura na contabilidade da empresa, quais as causas e como evitá-lo, continue a leitura!
O que é o Efeito Tesoura?
Em termos mais simples, o Efeito Tesoura acontece quando uma empresa se vê em uma situação em que precisa cumprir suas obrigações de pagamento a fornecedores e credores antes de receber os valores de suas vendas ou serviços prestados.
Essa disparidade de tempos pode criar uma “tesoura financeira”, onde os recursos disponíveis para a empresa são insuficientes para cobrir suas obrigações imediatas.
Esse fenômeno é particularmente comum em setores nos quais existe um descompasso entre os prazos de pagamento negociados com fornecedores e os prazos de recebimento de clientes.
Por exemplo, se uma empresa oferece aos seus clientes prazos estendidos para pagamento, mas enfrenta termos de pagamento mais curtos com seus fornecedores, o Efeito Tesoura pode se acontecer.
O que o efeito tesoura pode dizer sobre uma empresa?
Através do modelo de Fleuriet, ao longo do tempo, pode-se avaliar a posição de liquidez da empresa, assim identificando a saúde do fluxo de caixa. Dependendo do resultado, é possível avaliar se a empresa está ou não passando por problemas de liquidez.
O primeiro passo para uma análise financeira é verificar as margens da empresa. Isso é fundamental, já que caso o valor de venda seja abaixo do seu custo, a empresa está condenada. É preciso entender as diferenças entre lucro e faturamento também.
Neste caso, para evitar multas e problemas burocráticos, lembre-se recorrer a um sistema financeiro automatizado, assim como o Asaas, que facilite o gerenciamento de seus pagamentos.
O que é Modelo Fleuriet e como ele afeta o efeito tesoura?
O Modelo Fleuriet é uma ferramenta analítica que desempenha um papel crucial na compreensão da estrutura financeira de uma empresa. Ele foi desenvolvido por Michel Fleuriet, visando oferecer uma visão mais aprofundada e dinâmica sobre as fontes e usos de recursos financeiros ao longo do tempo.
Esse modelo é composto por quatro quadrantes, cada um representando uma categoria específica de recursos e suas origens. Os quadrantes são:
- Ativos Fixos (AF): representa os investimentos em ativos de longo prazo, como máquinas e equipamentos.
- Ativos Circulantes (AC): engloba os ativos de curto prazo, como estoques, contas a receber e disponibilidades.
- Passivos Exigíveis a Longo Prazo (PELP): refere-se às obrigações financeiras de longo prazo, como empréstimos e financiamentos.
- Passivos Exigíveis a Curto Prazo (PECP): inclui as obrigações de curto prazo, como contas a pagar e dívidas de curto prazo.
O Modelo Fleuriet permite uma análise dinâmica e integrada dessas categorias ao longo do tempo, fornecendo dados valiosos sobre a gestão do negócio e a capacidade de pagamento de uma empresa.
Relação com o Efeito Tesoura
A relação entre o Modelo Fleuriet e o Efeito Tesoura está na capacidade da análise detalhada do modelo em identificar potenciais fontes de desequilíbrio financeiro, como o descompasso entre ativos e passivos circulantes.
Quando uma empresa enfrenta o Efeito Tesoura, muitas vezes é devido à falta de sincronia entre o fluxo de caixa e o ciclo de produção ou vendas. O Modelo Fleuriet, ao proporcionar uma visão clara das origens e destinos dos recursos financeiros, destaca áreas específicas onde o desequilíbrio pode ocorrer.
Ao analisar os quadrantes do Modelo Fleuriet, os gestores podem identificar se os ativos circulantes estão sendo financiados adequadamente pelos passivos circulantes, evitando assim que a empresa caia na armadilha do Efeito Tesoura.
Quais as causas do efeito tesoura?
Existem muitas situações que podem influenciar a situação financeira de uma empresa, especialmente em um cenário tão competitivo dos mercados atuais. E, muitas vezes, o resultado desse impacto pode ser negativo e gerar consequências como o efeito tesoura.
Porém, entender as causas dos problemas pode ser o primeiro passo para otimizar seus processos e evitar complicações financeiras. Por isso, confira quais as principais causas do efeito tesoura:
- Aumento abrupto nas vendas: pode parecer paradoxal, mas um aumento súbito nas vendas pode ser uma das causas do Efeito Tesoura. Afinal, se a empresa não estiver preparada para gerenciar esse aumento, pode enfrentar dificuldades em aumentar a produção.
- Queda nas vendas: uma queda inesperada nas vendas pode desencadear o Efeito Tesoura. A redução nas entradas de caixa pode comprometer a capacidade da empresa de cumprir obrigações financeiras de curto prazo, resultando em uma menor taxa de conversão.
- Distúrbios no ciclo financeiro: a demora nas contas a receber ou um encurtamento repentino nos prazos de pagamento concedidos a clientes podem criar desequilíbrios financeiros.
- Baixa retenção de lucros: empresas que não retêm uma porção adequada de seus lucros para reinvestir no negócio ou enfrentar variações sazonais podem se encontrar em uma situação vulnerável. A falta de um fundo de emergência pode amplificar os impactos do Efeito Tesoura.
- Alta da inflação: a inflação pode desencadear aumentos nos custos operacionais, impactando negativamente a margem de lucro das empresas. Os aumentos devem ser repassados aos preços dos produtos ou serviços de maneira eficiente, para evitar ao descompasso entre custos crescentes e receitas estáveis.
- Investimentos de longo prazo: expansão de instalações ou aquisição de ativos fixos, por exemplo, podem impactar temporariamente a liquidez da empresa. Esses investimentos devem ser cuidadosamente planejados e financiados.
Como evitar o Efeito Tesoura?
Para reduzir os impactos do Efeito Tesoura, as empresas precisam adotar estratégias financeiras sólidas. A gestão de ativos e passivos torna-se essencial para garantir o controle do fluxo de caixa.
Por isso, esse processo de gestão inclui a implementação de políticas eficazes de gestão de caixa, a criação de reservas financeiras para enfrentar imprevistos, a negociação de prazos flexíveis com fornecedores e clientes, e uma análise cuidadosa do ciclo financeiro.
Por isso, confira quais as principais práticas para evitar o Efeito Tesoura:
1. Criar um planejamento financeiro
O planejamento financeiro é parte fundamental do processo de gestão empresarial. Essa organização inclui projeções de receitas e despesas, análise de fluxo de caixa e estratégias para lidar com variações sazonais.
Por meio dessas projeções, a empresa e os gestores conseguirão ter uma visão clara das necessidades financeiras. Assim, conseguem antecipar possíveis desafios e se prevenir de possíveis perdas financeiras momentâneas.
2. Ter um plano de negócios
Um plano de negócios robusto não apenas orienta o crescimento e a direção estratégica da empresa, mas também serve como uma ferramenta para prevenir o Efeito Tesoura.
O plano de negócios deve contemplar detalhadamente os aspectos financeiros, incluindo metas de curto e longo prazo, investimentos planejados e fontes de financiamento.
Assim, a empresa sabe qual é o caminho que deve seguir para evitar problemas financeiros, focando em tomar decisões estratégicas.
3. Estabilizar a gestão financeira
É através da gestão financeira que um negócio pode gerenciar seus objetivos, definir metas futuras e tomar decisões que permitam o crescimento sustentável empresarial.
Além disso, a gestão financeira é fundamental para que seu negócio consiga superar desafios que possam ser apresentados, como o Efeito Tesoura.
Estabeleça metas econômicas claras e alcançáveis para a empresa. Isso não apenas orienta as decisões financeiras, mas também fornece critérios tangíveis para avaliar o desempenho e ajustar as estratégias conforme necessário.
4. Utilizar ferramentas de análise
Ferramentas de análise, como indicadores financeiros e análise de tendências, são cruciais para avaliar a saúde financeira da empresa.
Utilize essas ferramentas para empreendedores regularmente para identificar áreas de preocupação e oportunidades de melhoria. A análise contínua permite uma tomada de decisão mais informada.
5. Monitorar o fluxo de caixa constantemente
O monitoramento constante do fluxo de caixa é uma prática essencial para evitar surpresas desagradáveis. Mantenha um acompanhamento próximo dos recebimentos e pagamentos, avaliando a liquidez da empresa em diferentes cenários.
Isso permite uma resposta proativa a desafios e a oportunidade de implementar medidas corretivas antes que o Efeito Tesoura se manifeste.
6. Usar uma plataforma de gestão financeira
A melhor maneira de evitar situações financeiras que prejudiquem o crescimento de uma empresa, é contar com as melhores ferramentas disponíveis no mercado que possam trazer resultados positivos para um negócio.
Atualmente, existem diversas plataformas que auxiliam na organização financeira da empresa. O Asaas, por exemplo, é uma conta digital completa voltada para automatizar processos no negócio.
Mas, além disso, oferece soluções financeiras completa, a fim de tornar a rotina mais dinâmica e segura. Por exemplo, usando o Asaas, é possível emitir notas fiscais automaticamente após a geração de cobranças.
Além disso, também é possível definir cobranças a prazo, já deixando definido os dias exatos de cobrança de pagamentos, definindo notificações e lembretes para antes e após a data. E, para evitar a inadimplência, realizar a negativação no Serasa de clientes com pendências.
Abra a conta digital Asaas agora mesmo e descomplique a organização do seu negócio, visando um crescimento saudável e uma gestão financeira eficiente!