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6 tipos de fluxo de caixa e como escolher o melhor

Empreendedora em sofá, com tablet na mão. Está anotando, em uma mesa de centro à sua frente, informações para os tipos de fluxo de caixa que fará para a empresa.

O fluxo de caixa é uma das métricas fundamentais para entender os resultados financeiros. A criação e manutenção desse sistema de organização deve ser parte dos gestores, garantindo uma atualização constante das informações. 

Como o fluxo de caixa monitora as receitas e despesas de um negócio, mostrando o saldo após as operações, ele baseia a tomada de decisões estratégicas. Assim, torna-se um índice de desempenho da gestão financeira

No entanto, existem alguns tipos de fluxo de caixa diferentes que uma empresa pode adotar. Para entender melhor sobre cada um deles, e o benefício de manter essa organização, continue a leitura. 

Para que serve o fluxo de caixa?

De maneira geral, o fluxo de caixa é uma espécie de ferramenta para empreendedores. Ele auxilia na gestão financeira, por meio do preenchimento diário de informações a respeito das entradas e saídas financeiras empresariais

Por meio desse registro diário, é possível obter insights valiosos sobre os processos financeiros, para, assim, traçar estratégias de crescimento ou de geração de receita, por exemplo. 

Os objetivos do fluxo de caixa são: 

Porém, existem diferentes tipos de fluxo de caixa que uma empresa pode adotar. Para saber mais sobre cada um deles, continue a leitura abaixo. 

Quais são os tipos de fluxo de caixa?

A manutenção do caixa empresarial é essencial para a gestão logística. Isso porque dita diversas decisões e direcionamentos, impactando diretamente nos resultados financeiros. 

Existem diversos tipos de fluxo de caixa, que podem se adaptar de maneiras diferentes às necessidades de cada empresa. Cada modalidade possui diferentes qualidades e funcionam para momentos distintos do seu negócio. 

Sendo assim, é importante que o time financeiro tenha o domínio para aplicar e entender como controlar o fluxo de caixa em suas diferentes situações:

1. Fluxo de caixa simples ou direto

O fluxo de caixa simples é um método mais rápido e direto de entender a saúde financeira do seu negócio. Seu principal objetivo é registar suas entradas e despesas, realizando projeções financeiras.

Esse modelo é bastante utilizado por empresas de pequeno porte. A ideia é anotar diariamente os valores de receitas e despesas e realizar a subtração entre elas. É possível dividir o fluxo de caixa direto em algumas categorias, como:

Lembrando que é possível dividir esses grupos em subcategorias para ter mais clareza do fluxo financeiro. Um exemplo é dividir a categoria de despesas em “salários”, “contas”, “impostos” etc.

A empresa também deve fazer o controle de recebimentos, para, manter uma visão assertiva dos fluxos de informações.

2. Fluxo de caixa descontado

Também conhecido como FDC, esse fluxo de caixa representa um cálculo para o valor de uma empresa. Ou seja, ele costuma ser usado no momento de compra ou fusão de uma organização.

Seu objetivo é avaliar e projetar o retorno do capital investido ou realizar uma captação de investidores. Esse cálculo se utiliza do fluxo de caixa, para projetar as riquezas que ela irá produzir no futuro.

Nesse caso, são descontados os valores com custo de capital e os riscos assumidos pelos investidores.

O FDC também pode ser utilizado para compra e vendas de ações da organização, além de outras técnicas de reorganização empresarial.

3. Fluxo de caixa operacional

O fluxo de caixa operacional trata das movimentações geradas pelas receitas e despesas de uma empresa durante um determinado período. Aqui são validados os resultados obtidos pelo negócio e a variação em relação ao capital de giro. 

Seu cálculo envolve o Lucro antes de Juros e Imposto de Renda (LAJIR), medindo os ganhos na forma de juros. 

Sua fórmula consiste em “LAJIR + Desvalorização – Imposto do LAJIR”. O resultado obtido dessa conta é chamado de lucro operacional e pode ser colocado no relatório anual.

Porém, apesar de mostrar o faturamento, esse demonstrativo financeiro não contabiliza os investimentos recebidos no período. Além disso, também não esclarece se existe ou não a necessidade de melhorar o capital de giro.

4. Fluxo de caixa indireto

Esse modelo de fluxo de caixa não foca na análise dos fluxos, mas nos lucros e prejuízos apontados no Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)

Aqui, estarão alguns pontos fundamentais, como: depreciações, amortizações, variações em outras contas, etc. É um tipo de fluxo de caixa bastante utilizado por contadores

Essa ferramenta utiliza balanços patrimoniais baseados no início e final dos períodos, DRE e outras informações contábeis. Por isso, para realizá-lo, não é preciso, necessariamente, ter controle do fluxo de caixa. 

5. Fluxo de caixa livre (FCL)

Nesse formato de fluxo de caixa é medida a capacidade do negócio em gerar capital em curto, médio ou longo prazo. Ele indica os saldos livres, que restaram para a empresa, após investimentos e dividendos.

Essa análise permite analisar o resultado esperado de desempenho, possíveis aplicações de capital ocioso e estratégias de contenção. Além de determinar medidas para cuidar da saúde financeira, como abrir novas unidades, empréstimos empresariais ou ampliação de estoque.

6. Fluxo de caixa projetado

Conforme o nome, o fluxo de caixa projetado é utilizado para realizar estimativas e planejar iniciativas referentes ao negócio com base nos resultados obtidos. A ideia aqui é analisar as contas do presente, realizar uma média e projetá-las para propor uma visão futura do negócio. 

Essa modalidade de fluxo de caixa permite não só prospectar, mas realizar ajustes para corrigir falhas na administração dos recursos. 

Com isso, é possível planejar investimentos de expansão, criar planos de melhoria, realizar investimentos em estrutura, ou ainda tentar corrigir uma possível falha de administração do valor. 

Como escolher o melhor tipo de fluxo de caixa para a empresa? 

A escolha do melhor tipo de fluxo de caixa para a empresa dependerá de diversos fatores. Primeiramente, é fundamental conhecer e entender quão complexas são os processos financeiros

Por exemplo, empresas maiores costumam ter um fluxo maior de fornecedores e clientes e se adaptam melhor ao fluxo de caixa direto. 

Além disso, também é essencial entender o volume de transações diárias por meio de uma análise detalhada. Um fluxo maior e mais completo pode se adaptar melhor ao fluxo indireto, já que ele considera ajustes e oferece uma visão mais abrangente e completa. 

No entanto, é essencial considerar as finanças e os objetivos da empresa. É importante ter uma visão ao longo prazo? O fluxo de caixa projetado encaixaria melhor nessa ideia. 

Porém, visando diferentes tipos de investimentos ou aquisições, os tipos livre ou descontado podem ser melhores avaliadores. Portanto, para saber o melhor modelo de fluxo de caixa, é importante contar com o auxílio de uma contabilidade empresarial especializada. 

Quais medidas tomar a partir dos resultados do fluxo de caixa?

O saldo de caixa demonstra quais foram os resultados das operações em um período. Esse valor corresponde aos recursos disponíveis da empresa para utilizar nas estratégias.

A partir de diferentes resultados dos tipos de fluxo de caixa, é possível tomar algumas medidas para estabilizar ou crescer o negócio:

Situação deficitária: avalie a necessidade de capital de giro

A situação do fluxo de caixa e capital de giro estão relacionadas. E se existe pouco recurso em caixa, talvez seja necessário ampliar a capacidade de capital de giro. Esse recurso é importante para pagamentos rotineiros, cobrindo despesas recorrentes e fixas.

É importante para o negócio manter um fluxo de dinheiro que esteja disponível para a sua própria manutenção.

Saldo positivo: avalie a possibilidade de realizar investimentos

Se o saldo for positivo, é porque existem os recursos necessários para investir na empresa. A partir de um bom plano de negócio e estabelecendo uma gestão estratégica, é possível definir metas para curto, médio e longo prazo.

Compartilhe o resultado com o time financeiro e de planejamento e elabore com eles formas de reinvestir esses valores para a empresa continuar crescendo.

Saldo negativo: avalie a necessidade de fazer a antecipação de recebíveis

Nem sempre as coisas dão certo e nos negócios muitas vezes os resultados podem ser negativos.

A função dessa ferramenta é permitir que o entendimento do que ocasionou esses resultados negativos. Assim, os times responsáveis podem propor medidas para resolver esses obstáculos e solucionar as ineficiências.

Além disso, é possível contar com uma captação de recursos para recuperar o bom funcionamento. Uma das opções é a antecipação de recebíveis, favorável em relação ao empréstimo para fluxo de caixa. 

Na antecipação, é possível adiantar os valores de pagamentos recorrentes, via plataforma do Asaas.

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