Na sexta-feira (23), o Governo Federal reajustou as alíquotas do IOF e isso afeta diretamente as operações de crédito, câmbio e previdência privada.
As novas taxas já estão em vigor, trazendo impactos financeiros para empresas de todos os portes. Especialistas alertam que o custo do crédito ficará ainda mais alto com o novo cenário.
Por que aumentou o IOF?
Segundo Fernando Haddad, ministro da Fazenda, o novo IOF foi necessário para elevar a arrecadação e equilibrar as contas públicas. A estimativa é que o reajuste do imposto gere R$ 18,5 bilhões em 2025 e R$ 38 bilhões em 2026.
A ação faz parte de um plano do Governo para aumentar as receitas e manter as contas dentro da meta fiscal estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Como ficou o aumento do IOF? Entenda as novas alíquotas
Em entrevista à CNN Money, o estrategista-chefe da XP, Fernando Ferreira, reforçou o impacto do aumento do IOF para empresas endividadas.
“Empresas que tenham mais alavancagem, empresas mais endividadas, empresas de setores mais dependentes de capital de giro e que tenham negócios mais intensivos em capital tendem a sofrer mais com esse aumento do custo do crédito por conta da alta do IOF”
O IOF é um tributo federal cobrado em cima de algumas operações financeiras, como: câmbio, operações de crédito, seguros, investimentos, etc. Por isso, diversas movimentações serão afetadas.
Confira as principais mudanças:
- Crédito para empresas (regra geral): alíquota anual passou de 1,88% para 3,95%;
- Empresas do Simples Nacional (operações de até R$ 30 mil): IOF subiu de 0,88% para 1,95% ao ano;
- Cooperativas de crédito com grande porte (operações acima de R$ 100 milhões/ano): passam a pagar 3,95%. Cooperativas rurais seguem isentas;
- Operações de câmbio (como compra de dólar, euro e outras moedas em espécie): alíquota passou de 1,1% para 3,5%;
- Previdência privada (VGBL): aportes mensais acima de R$ 50 mil passaram a ter IOF de 5%;
- Investimentos no exterior: o governo chegou a anunciar IOF de 3,5%, mas voltou atrás. A alíquota ficou em 1,1% para esse tipo de operação;
- Cartões de crédito, débito e pré-pagos internacionais e cheques de viagem: as alíquotas passaram de 3,38% para 3,5%.
Qual é o impacto dessa mudança para o Asaas?
A alteração da alíquota do IOF para 3,5% impacta diretamente os clientes que utilizam o Cartão Asaas em transações internacionais, como compras e saques no exterior. Esse imposto incide sobre o valor convertido para reais no momento da transação.
A discussão sobre o aumento do IOF está no centro dos embates entre o governo e o Congresso.
O prazo para que o governo encontre uma alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi definido em 10 dias após uma reunião entre o presidente do Senado e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizada na noite de quarta-feira (28).
No Asaas, as taxas já foram ajustadas e você pode ter acesso diretamente na sua conta digital.