Saber como calcular a amortização é muito importante para o controle financeiro empresarial. Por meio dela, você pode facilitar a quitação de suas dívidas ou, ainda, entender melhor sobre a desvalorização dos bens da empresa.
Todas essas informações podem ser muito úteis para o planejamento estratégico da marca. A partir da análise desses dados, você conhecerá melhor o seu negócio.
Ao longo deste texto, vamos te mostrar tudo o que você precisa saber sobre esse processo financeiro. Saiba como fazer o cálculo correto e quais sistemas podem ser utilizados na amortização.
O que é amortização?
De modo geral, a amortização pode servir para duas coisas: pagar algum empréstimo ou financiamento, ou entender o valor de algum bem. Em todos os casos, a parte mais impactada é a gestão financeira e o plano de negócios da empresa.
Dessa forma, temos: amortização de bens e de dívidas. Abaixo, vamos te explicar como usar esse recurso em cada um dos cenários.
Amortização de bens
A amortização de bens é um cálculo feito para entender o quanto de valor um bem imaterial perde com o tempo. Os bens que podem entrar nesse cálculo são: marcas registradas, patentes, direitos autorais, sistemas informatizados, licenças e tecnologia.
Ao longo do contrato do ativo, é comum que as ferramentas tenham seu valor diminuído, o que prejudica a vantagem competitiva da loja sobre a concorrência. Isso pode acontecer por ela estar ultrapassada ou por não cobrir todas as necessidades da empresa.
Assim, o cálculo da amortização considera o prazo de vida útil do item. Simplificando: a amortização de bens se trata da atribuição do valor de um produto não-físico, conforme sua variação ao longo dos anos.
Amortização de dívidas
A amortização de dívidas é utilizada na quitação de empréstimos e investimentos. Conforme a escolha do sistema de amortização, sua marca pode optar por quitar a dívida mais rápido, com parcelas menores, ou o contrário, por exemplo.
Para entender melhor como funciona, imagine um empréstimo ou um financiamento feito ao banco. Neste caso, é feito um acordo, onde a empresa concorda pagar o valor total dividido em prestações. Em cada uma das parcelas, será aplicado um valor de juros e taxas.
Assim, na amortização de dívidas, você escolhe uma forma de pagamento, conforme o contrato estabelecido no empréstimo ou no financiamento. Essa é uma forma de aliviar o controle de gastos da empresa, evitando grandes prejuízos financeiros.
Qual é a diferença entre amortização e depreciação?
Por mais parecidos que sejam, a amortização não tem o mesmo significado que a depreciação. Como mencionado, a amortização fala sobre o valor dos bens imateriais da empresa ao longo do tempo.
Já a depreciação tem influência nos bens materiais. É uma forma de reconhecer o uso de um ativo ao longo de sua vida útil. Vamos explicar melhor abaixo.
Entenda a Depreciação
O cálculo de depreciação está ligado diretamente ao desgaste do material físico. Nesse caso, estão objetos como: máquinas de produção, equipamentos em geral e, até mesmo, estruturas físicas, como prédios e galpões.
É importante ressaltar: mesmo que o bem-físico esteja parado há anos, o objeto certamente sofreu depreciação. Seja pelas ações do tempo, como calor e umidade, ou seja pelo uso.
Para garantir que esse valor seja justo, a Receita Federal do Brasil estabeleceu a Instrução Normativa RFB 1700/2017, padronizando o percentual de depreciação de bens. Dessa forma, temos os seguintes valores:
- edificações: 4%;
- instalações: 10%;
- móveis: 10%;
- máquinas: de 10 a 25%;
- veículos de passageiros: 20%;
- veículos de mercadorias e tratores: 25%;
- computadores: 20%.
Qual a vantagem de amortização?
Saber como calcular a amortização de dívidas e de bens intangíveis pode colaborar com o seu plano de negócios, trazendo maior estabilidade financeira à sua loja. Por isso, é importante não ignorá-la.
Abaixo, você entenderá melhor as vantagens de cada tipo de amortização:
Vantagens da amortização de bens
Existem muitas vantagens em fazer a amortização de bens. É a partir dessa análise que será possível entender o real valor da empresa. Isso pode colaborar de forma significativa com o seu crescimento empresarial.
A partir desses resultados, será possível:
Entender melhor o valor do bem
Saber qual o valor do seu bem pode convencer um grande investidor a querer apostar no seu negócio. Isso porque, dessa forma, ele conseguirá entender melhor o que a sua empresa representa para o mercado.
Mostrando esse resultado, o investidor poderá tomar decisões melhores sobre o investimento. Além disso, esse dado pode colaborar com a sua negociação, evitando que sua empresa aceite valores muito baixos ou estabeleça preços muito acima da média.
Criar um planejamento orçamentário
O cálculo de amortização de bens também permite que seja criado um planejamento orçamentário mais eficaz e compatível com sua empresa. Com esse resultado, é possível visualizar os imprevistos e resolvê-los antes que se tornem desastrosos.
Conhecendo o valor de seus bens, você pode prever os gastos com o produto e o valor que ele agrega na sua empresa. Assim, sua gestão financeira não fica comprometida, melhorando o desempenho da empresa.
Reduzir a carga tributária
Além disso, com a amortização de bens feita de forma correta, sua empresa pode diminuir os gastos referente ao produto ao longo do tempo. Dessa forma, você evita futuros prejuízos.
Para isso, você deve escolher um sistema de amortização compatível com os objetivos da sua empresa.
Vantagens da amortização de dívidas
A amortização de dívidas também pode colaborar com sua empresa, evitando que seu caixa seja comprometido. A partir dela, você pode diminuir o valor final das suas contas, podendo melhorar a saúde do seu caixa.
Entre os benefícios da amortização de dívidas, estão:
Redução do saldo devedor
Saldo devedor é o valor total que uma empresa deve pagar em uma dívida. Ele é resultado da diferença entre o valor inicial da dívida e o valor que já foi pago em parcela. Dentro da amortização, você tem a possibilidade de redução desse saldo.
Ou seja, se você efetuar pagamentos extras ou antecipar algumas parcelas, o valor total da dívida pode ser reduzido de maneira significativa. Isso porque, assim, a loja estará pagando menos juros sobre cada parcela, evitando o efeito tesoura no caixa.
Redução dos juros e encargos
A amortização também pode diminuir os juros e encargos da dívida. Isso porque eles são aplicados sobre o saldo devedor, fazendo os juros diminuir consequentemente.
Essa ação contribui com o fluxo de caixa, tendo em vista que o seu negócio pode ganhar um desconto significativo no valor final da dívida. Dessa forma, sua empresa terá mais recursos para outros investimentos.
Menor tempo para quitação
Além disso, a amortização também permite que a dívida seja quitada em um tempo menor do que o simulado, reduzindo o saldo devedor e os juros sobre as parcelas.
Dessa forma sua empresa pode acelerar o processo de pagamento e quitar a dívida mais rapidamente. Assim, você diminuirá os riscos financeiros do seu negócio, ganhando uma maior estabilidade contábil.
O que é melhor amortizar: saldo devedor ou parcelas?
A escolha de amortizar o saldo devedor ou antecipar as parcelas varia conforme a situação financeira e os objetivos da sua empresa. As duas opções têm vantagens próprias e cumprem determinadas funções na gestão de contas.
Você pode avaliar da seguinte forma:
- Amortizar o saldo devedor: Neste caso, você reduz o saldo devedor final, diminuindo o valor total da dívida durante o prazo estabelecido.
- Amortizar as parcelas: Com a amortização das parcelas, você diminui o prazo de quitação da dívida, sem alterar o valor do saldo devedor.
Como calcular a amortização de dívidas?
Existem algumas formas de calcular a amortização de dívidas. Elas variam conforme o perfil do negócio e o objeto amortizado.
Abaixo, vamos apresentar melhor os conceitos envolvidos em cada um desses métodos. Dessa forma, você saberá qual o melhor para aplicar em sua empresa.
Sistema de Amortização Constante (SAC)
O Sistema de Amortização Constante (SAC) é um método onde são feitos pagamentos recorrentes e decrescentes. Ele é utilizado, geralmente, em empréstimos e financiamentos imobiliários.
Esse sistema segue as regras de progressão aritmética. Nesse caso, o valor da parcela é composto por juros constantemente decrescentes, enquanto a parte de amortização permanece constante.
Assim, as parcelas diminuem ao longo do tempo, já que os juros são calculados sobre um saldo devedor em constante redução devido à amortização regular. É importante ressaltar que o SAC pode exigir prestações iniciais mais elevadas do que outros sistemas.
Exemplo de cálculo de amortização de financiamento imobiliário
O cálculo do SAC utiliza o saldo devedor do mês de cada parcela, descontando os valores de parcelas que já foram pagas. Por isso, ao escolher esse método, lembre-se que o cálculo deve ser repetido mês a mês, até o pagamento da última parcela.
Para exemplificar, vamos supor que sua empresa fez o financiamento de um imóvel no valor de R$ 200.000,00. O prazo de pagamento é de até 380 meses e a taxa de juros aplicada é de 0,73% ao mês.
Nesse caso, você deve utilizar essas fórmulas abaixo, conforme a sequência apresentada:
1º mês
Amortização = Valor Principal / Período
- Amortização = 200.000/380
- Amortização = R$ 526,31
Primeira Parcela = Amortização + Juros sobre o Valor Principal
- Primeira Parcela = R $526,31 + (0,73% X R $200.000,00)
- Primeira Parcela = R $1.966,31.
2º mês
Novo valor principal = Valor principal atual – Amortização da primeira parcela
- Novo valor principal = 200.000 – R$ 526,31
- Novo valor principal = 199.473,69
Segunda Parcela = Amortização + (Juros X Novo Valor Principal)
- Segunda Parcela = R$ 526,31 + (0,73% X (R$ 200.000,00 – R$ 526,31)
- Segunda Parcela = R$ 1.962,52.
E assim, sucessivamente, até a quitação total da dívida. Dessa forma, o valor da parcela diminuirá com o tempo.
Uma dica para quem opta pelo SAC é realizar amortização extraordinária com frequência, pois isso reduzirá o valor das parcelas e o impacto financeiro no orçamento da empresa. Por isso, deixe seu caixa sempre bem organizado, para evitar prejuízos.
Tabela Price
A Tabela Price é um sistema de amortização muito utilizado em financiamentos de veículos, podendo ser utilizada dentro do setor imobiliário também. Esse método utiliza parcelas com valor fixo durante todo o período de quitação da dívida.
No início do contrato, a parcela é composta majoritariamente por juros e uma pequena parte de amortização. Conforme o tempo, a parcela passa a ter uma parte maior destinada à amortização e uma parte menor destinada aos juros.
Esse sistema tem um impacto constante sobre a empresa. Por isso, devem optar pela Price as empresas bem estabelecidas, que tenham projeção de crescimento acima da inflação. Assim você evita prejuízos em seus processos financeiros.
Exemplo de cálculo de amortização de financiamento de veículos
Antes de aplicar esse método, você precisa conhecer o preço mensal da parcela e saber quanto desse valor é referente à amortização. Depois disso, você terá dados o suficiente para montar sua Tabela Price.
Por exemplo, suponha que a dívida da sua empresa é de R$ 40.000,00, sendo paga em 8 prestações. Neste caso, considere o juros de 4% ao mês. Para essa conta, você utilizará as seguintes fórmulas, respectivamente:
Parcela mensal = SD x {[(1 + i) ^n] x i / [(1 + i)^n] – 1}
SD = Valor do empréstimo (saldo devedor inicial)
i = Taxa de juros mensal
n = Número total de meses
- Parcela mensal = 40.000 * {[(1+0,04)^8 *0,04] / [(1+0,04)^8 – 1]}
- Parcela mensal = 40.000 * {[1,37 * 0,04] / [1,37 -1]}
- Parcela mensal = 40.000 * {0,054/ 0,37}
- Parcela mensal = 40.000 * 0,148
- Parcela mensal = 2,960,56
Amortização = Parcela mensal – Juros
- Amortização = 2,960,56 – 800
- Amortização = 2,160,56 por mês
Na Tabela Price, conforme o pagamento das parcelas, a taxa de juros diminui, conforme o saldo devedor. Assim, o valor da amortização acaba aumentando. Lembre-se que, neste método, o saldo devedor diminui conforme a amortização.
A cada mês, será feito o seguinte cálculo:
- Juros = %juros * Saldo devedor
- Amortização = Juros – Parcelas
- Novo Saldo devedor = Saldo devedor atual – Amortização
E assim, respectivamente, até a quitação total.
Sistema de Amortização Crescente (SACRE)
O SACRE é um sistema criado com a ideia de reduzir o valor da parcela de juros da dívida. Nesse sistema, as parcelas mensais iniciam com prestações mais altas e, a longo prazo, os valores vão diminuindo.
Isso ocorre porque a parte referente aos juros diminui gradualmente, conforme a redução do saldo devedor. Ter esse sistema pode ser vantajoso para sua empresa, colaborando com uma maior disponibilidade de recursos para investimentos.
O sistema mistura conceitos do Sistema de Amortização Constante e da Tabela Price. Vale lembrar que o cálculo se repete a cada um ano, com a redução dos juros do montante que já foi amortizado.
Exemplo de cálculo de amortização de financiamento
A principal característica da tabela SACRE é que os valores da coluna parcela são iguais durante cada “bloco” de 12 meses. Na coluna de amortização, os valores aumentam com o tempo e na coluna de juros, os valores são decrescentes.
Imagine que sua empresa fez um financiamento de R$60.000. O prazo de pagamento da dívida é 24 meses, com uma taxa de juros de 2% ao mês. Para chegar no resultado esperado, será necessário utilizar as três fórmulas:
Amortização = Principal/Período
- Amortização = 60.000 / 24 meses
- Amortização = R$2.500 por mês
Fórmula de juros = Taxa X Saldo Devedor
- Fórmula de juros = 60.000 x 2%
- Fórmula de juros = R$1.200 por mês
Fórmula de parcela = Amortização + Juros
- Fórmula de parcela = R$2.500 + R$1.200
- Fórmula de parcela = R$ 3.700
Esse será o valor fixo de suas parcelas nos próximos 12 meses. A cada mês, será feito o seguinte cálculo:
- Juros = %juros * Saldo devedor
- Amortização = Juros – Parcela
- Novo Saldo devedor = Saldo devedor atual – Amortização
Acompanhe a tabela abaixo:
Ao fim do ano, é preciso repetir o cálculo e a aplicação das fórmulas sobre o saldo devedor atualizado. Nesse caso, as próximas 12 parcelas serão:
Saldo Devedor Atual/Período = Amortização
- 26.700 / 12 meses = R$2.225 por mês
Taxa X Saldo Devedor = Juros
- 26.700 x 2% = R$534 por mês
Amortização + Juros = Parcela
- R$2.225 + R$534 = R$ 2.759
Então, neste exemplo, no segundo ano de sua dívida, sua parcela custará R$2.759, seguindo a mesma tabela.
Sistema de pagamentos variáveis
O sistema de amortização variável é um método de pagamento de empréstimos ou financiamentos, no qual as parcelas podem variar ao longo do tempo. Aqui, o devedor paga valores conforme a sua condição e conforme o contrato acordado.
Diferentemente dos sistemas de amortização fixa, onde as parcelas são constantes, essa opção permite o aumento progressivo ou decrescente das parcelas. Sua vantagem é a flexibilidade de pagamento.
Entretanto, antes de escolher esse sistema, analise bem os riscos e o plano de contas da sua empresa. É importante ressaltar que os critérios para ajustar as parcelas podem variar, conforme a base de juros adotada.
Exemplo de cálculo de cartão de crédito
O cálculo do sistema de amortização variável pode alterar conforme o acordo feito em contrato com a empresa ou banco credor. Por isso, preste bastante atenção antes de assinar qualquer contrato.
Neste caso, vamos supor que o seu negócio tenha feito um empréstimo de R $300.000, sendo a taxa de juros fixa de 5% ao mês. A dívida será paga em 5 parcelas. Aqui, o valor inicial da amortização e o aumento fixo nas parcelas são definidos no contrato.
Para o exemplo, vamos estabelecer um aumento de R$25.000 a cada parcela, com a amortização inicial de R$30.000. Assim, temos:
Como você pode ver, neste exemplo a dívida começou com um valor maior do que o pagamento final, mostrando a variação do valor conforme as parcelas. Tudo depende dos critérios estabelecidos no acordo de empréstimo.
Amortização Extraordinária
A amortização extraordinária é um método onde os pagamentos adicionais são feitos em uma dívida além das parcelas regulares acordadas. Esses pagamentos extras irão reduzir o saldo devedor, diminuindo o tempo de quitação da dívida.
A grande vantagem desse método é a redução do saldo devedor e do prazo de pagamento da dívida. Nesse caso, a dívida é amortizada mais rapidamente, o que significa que o devedor pode se livrar da obrigação financeira mais cedo e com menos custos.
Entretanto, lembre-se de verificar as condições do contrato para a realização de amortizações extraordinárias. Afinal, algumas dívidas podem ter penalidades ou limites para esse tipo de pagamento.
Vale lembrar que esse sistema não pode ser utilizado sozinho. Você deve usar um dos métodos ensinados acima (Tabela Price, SAC, SACRE, entre outros).
Exemplo de cálculo de amortização de empréstimo
Para o cálculo, o saldo devedor é atualizado pró-rata até o dia da amortização e é deduzido do valor da amortização efetiva. Isso significa que o reajuste será proporcional aos juros, que pode ser alterado conforme as parcelas.
Para exemplificar, vamos imaginar que sua empresa fez um empréstimo de R$ 30.000,00, com uma taxa de juros de 12% ao ano e um prazo de pagamento de 24 meses. Após 12 parcelas, você decide fazer uma amortização extraordinária de R$ 5.000,00.
Ao fazer esse movimento, o saldo devedor será atualizado. Nesse ponto, vamos estabelecer que o saldo devedor é de R$ 20.000,00. Para o cálculo, subtraia o valor da amortização extraordinária ao saldo devedor atual. Dessa forma:
Saldo devedor atual = Saldo devedor – Amortização
- Saldo devedor atual = R$ 20.000,00 – R$ 5.000,00
- Saldo devedor atual = R$ 15.000,00
Para descobrir a parcela mensal com o novo saldo devedor, lembre-se de utilizar o mesmo método que fez inicialmente. Caso contrário, você terá um resultado errado, podendo dificultar o pagamento de sua dívida.
Como calcular a amortização de bens?
A amortização de bens é utilizada para entender a alteração de valor de ativos intangíveis ao longo do tempo. Ela é necessária porque os bens têm um valor limitado e seu benefício econômico permanece em um período limitado.
Para entender como calcular a amortização, você deve seguir os seguintes passos:
Entenda quando é necessário calcular a amortização de bens
A amortização de bens intangíveis deve ser feita regularmente como parte das operações financeiras e contábeis de uma empresa. É comum que ela seja feita de forma anual, junto ao fechamento de metas financeiras.
Entretanto, há duas situações específicas que podem requerer o adiantamento dessa avaliação. A primeira acontece quando o bem sofre algum evento que afete sua vida útil estimada. A segunda, é quando sua empresa adquire outro ativo intangível.
Avalie o valor inicial do ativo
Saber como avaliar o valor inicial do ativo do seu negócio é importante para o cálculo de amortização de bem. Esse custo é o valor pelo qual você comprou ou criou o ativo e é necessário para entendermos o quanto ele representou no mercado ao longo do tempo.
Para esse cálculo, não é necessário incluir gastos variáveis, relacionados à reforma ou ajustes do ativo. Esses custos não são considerados parte do valor inicial, já que tais manutenções acontecem após a compra do bem.
Você pode avaliá-los de duas formas:
Custo de aquisição
Esse método serve para bens que são adquiridos de terceiros. Neste caso, o valor inicial é o preço que sua empresa investiu no ativo.
Lembre-se de incluir quaisquer outros custos relacionados à compra, como taxas legais e custos de registro.
Custo de desenvolvimento
Caso sua empresa tenha desenvolvido o ativo internamente, o valor inicial é avaliado com base nos gastos feitos para o processo de criação.
Neste método, sua empresa deve incluir custos com colaboradores, pesquisa e material necessário.
Saiba o quanto de vida útil é deixada no ativo intangível
Antes de calcular a amortização de um bem, é necessário avaliar a vida útil deixada no ativo. Ou seja, saber quanto tempo o ativo intangível poderá ser utilizado, conseguindo gerar benefícios econômicos à empresa.
Para chegar a esse resultado, você deve avaliar:
- o tipo do ativo: se é um site, um programa, uma logo, etc;
- a utilidade do recurso: se o produto é obsoleto ou não;
- a sua experiência: se foi necessário muitas atualizações ou obteve muitos problemas;
- as possibilidades: se o ativo pode ser atualizado ou acompanha as tendências do mercado
Determine o valor residual do ativo
A última parte é determinar o valor residual de um ativo, se houver. Esse valor é importante, caso você queira vendê-lo em algum momento. Seu cálculo influencia a despesa de amortização registrada pela gestão financeira da empresa.
Exemplo de cálculo de valor residual do ativo
Nesse cálculo, você precisa saber o valor inicial do ativo, o tempo de utilização em anos e a depreciação. Para exemplificar, imagine que o ativo da sua empresa teve um valor inicial de R$40.000, que foi utilizado por 4 anos e teve uma depreciação 3% ao ano. Dessa forma:
Depreciação = Valor inicial do ativo * %depreciação
- Depreciação = 40.000 * 0,03 = 1.200
Valor Residual = Valor inicial – (depreciação x tempo de utilização em anos)
- Valor Residual = 40.000 – (1.200 * 4)
- Valor Residual = 40.000 – 4.800
- Valor Residual = 35.200
Exemplo de cálculo de amortização de bens
Seguindo todos os passos acima, você poderá calcular a amortização de bens da sua empresa. Para dar continuidade ao exemplo, imagine:
Vamos supor que o seu negócio desenvolveu um programa por R$ 60.000. A vida útil do software é estimada em 4 anos. Para esse caso, vamos estipular que o valor residual seja de R$20.000.
Dessa forma, você pode utilizar a seguinte fórmula:
Valor da amortização do ativo = (Valor inicial – Valor residual) / Vida útil
- Valor da amortização do ativo = (60.000 – 20.000) / 4
- Valor da amortização do ativo = R$10.000
Como a gestão financeira pode ajudar na amortização de bens intangíveis?
Como você pôde ver, a amortização é um tema muito complexo, que envolve conceitos e particularidades. Por isso, é necessário ter muita atenção e paciência para conseguir obter os resultados corretos dentro da marca.
Neste caso, ter um sistema ERP eficiente pode colaborar com o trabalho da sua equipe.
Sistema ERP para maior controle financeiro e contábil
Um ERP garante um sistema de gestão simplificada, permitindo que seus colaboradores invistam mais tempo em ações estratégicas para o negócio. Além disso, essa ferramenta pode oferecer benefícios que facilitam e otimizam o fluxo operacional.
Entre os recursos desse sistema estão:
Gestão de estoque
Integrar um ERP com e-commerce é uma ótima forma de controlar o seu estoque e garantir a automação de parte do processo permitindo uma tomada de decisão mais assertiva.
- Estoque automático = previsão de entrada dos itens evitando falhas e desatualizações;
- Nota fiscal de entrada = facilidade para consultar as notas emitidas;
- Pedido de compra = emissão automática com maior previsibilidade de gastos.
Integração com a contabilidade
A integração é uma solução que conecta a área financeira dos seus clientes com seu sistema contábil. Neste caso, você pode recorrer a um sistema financeiro automatizado, assim como o Asaas, que facilite o gerenciamento de suas finanças.
Com ela, você pode importar o cadastro de seus clientes para o software ERP. Isso otimiza o tempo da sua equipe, incorporando todas as informações de seus clientes em um só lugar.
Controle de contas a pagar
Com uma plataforma ERP, você pode organizar, planejar e manter suas contas em dia. Ele permite que você controle seus pagamentos. Assim, evita que sua loja ganhe multas por atraso ou acúmulo de dívidas.
Controle de contas a receber
A contas a receber é um subsistema responsável pelo controle de tudo que a empresa tem a ganhar de seus clientes. Nele, é possível organizar as contas e as demandas do negócio, sem deixar déficits no capital de giro.
Controle de fluxo de caixa
Cuidar do fluxo de caixa é fundamental para que a saúde financeira esteja em dia. A partir da gestão financeira, é possível estabelecer metas de crescimento, mantendo o saldo positivo do negócio.
Além dessas, existem outros benefícios que podem ser aproveitados dessa ferramenta. Tudo depende da proposta do software adquirido. Por isso, antes de contratar, entenda melhor quais as vantagens que um ERP pode trazer e saiba como escolher o melhor para sua empresa.