Aprender como conquistar a independência financeira é a meta de muitas pessoas, mas pode ser um processo desafiador. Afinal, este conceito abrange conhecimentos e técnicas que vão além de juntar dinheiro suficiente para um único propósito.
A independência é um estado onde a situação financeira individual proporciona segurança e liberdade na tomada de decisões, excluindo quaisquer limitações impostas pelo dinheiro.
Conforme dados de pesquisa recente do Serasa, somente 35% dos entrevistados acreditam ter conquistado a independência financeira.
Embora pareça uma realidade distante, com planejamento, pensamento estratégico e decisões inteligentes, é possível alcançar essa meta. Nas próximas linhas, exploraremos mais sobre maneiras de como conquistar a independência financeira, continue a leitura.
O que é independência financeira?
A independência financeira é a possibilidade de sustentar o próprio estilo de vida sem ter que utilizar a força de trabalho convencional diariamente. Ou seja, o indivíduo sobrevive do patrimônio construído ao longo do tempo.
Embora seja um termo frequentemente utilizado para descrever a possibilidade de sair da casa dos pais, ter trabalho fixo e conseguir arcar com as despesas mensais, o conceito é mais profundo.
A independência é alcançada com a construção de um patrimônio e da renda passiva proveniente dele. Esse patrimônio pode ser um montante acumulado ao longo de um período, a compra de imóveis ou a realização de outros investimentos.
Em muitas ocasiões, esse termo pode ser substituído por “autonomia” ou “liberdade” financeira. No entanto, é importante ressaltar que todos os conceitos são diferentes, e englobam estágios para se alcançar a independência financeira.
Qual a diferença entre autonomia, liberdade e independência financeira?
Embora os três termos sejam relacionados, eles não possuem o mesmo significado. É possível descrevê-los como fases distintas, mas necessárias para alcançar o objetivo final: a independência financeira.
É importante compreender a nomenclatura e o uso dos termos. Assim, será possível identificar em qual estágio do processo de conquista da independência financeira você se encontra. Além de traçar estratégias para evoluir.
Autonomia financeira
A autonomia financeira é a primeira fase do processo de conscientização sobre a necessidade de ter maior organização, juntar dinheiro e alcançar outros objetivos.
O momento de autonomia é aquele em que é possível se sustentar com o próprio dinheiro. Assim, o indivíduo se torna responsável pelas suas próprias despesas e organiza os gastos, já guardando uma porcentagem pequena para o fundo de emergência.
Nesse momento de autonomia é que se deve buscar conhecimento sobre investimentos e patrimônio. Além, é claro, de começar a juntar os valores necessários para alcançar a última etapa, a independência.
Liberdade financeira
A liberdade financeira é um degrau acima da autonomia. Diz respeito ao momento em que já há maior nível de organização, em que é possível bancar as contas e o estilo de vida e, ainda, guardar um grande valor do que recebe, aumentando seus investimentos.
Pode-se dizer que a liberdade é conseguir realizar metas sem precisar contar com um valor disponível especificamente para isso. Por exemplo, caso busque por uma mudança na trajetória profissional, dispor de uma reserva que sustente o período para recolocação, por exemplo.
Independência financeira
Já a independência é a última fase. Aqui, é possível viver da renda gerada após a criação de patrimônio e investimentos financeiros. Ou seja, não é mais necessária a preocupação sobre o trabalho para o sustento ou para juntar dinheiro.
Os objetivos de conquistar a independência financeira podem ser diferentes para cada um. A fase de conseguir viver exclusivamente da renda passiva conquistada ao longo dos anos pode ser colocada como a última no processo.
Existem alguns outros passos para conhecer ao longo do processo, sendo fases intermediárias. Explicaremos mais sobre cada uma:
Independência de dívidas
Nesse estágio, o indivíduo conseguiu eliminar todas as dívidas e não precisa recorrer a empréstimos ou ao uso do cartão de crédito para cobrir despesas. As contas são estabilizadas com a fonte de renda ou com o uso esporádico da reserva de emergência, se necessário.
Esse é um dos pontos mais importantes para a independência financeira. Afinal, manter o orçamento livre para outros objetivos é importante e as dívidas dificultam o controle de inadimplência, o que não corresponde a uma situação financeiramente saudável.
Independência do trabalho
Com a renda proveniente do patrimônio conquistado, já é possível se manter fora do trabalho por um tempo. Essa renda pode ser oriunda de aluguéis, investimentos ou qualquer outra fonte.
Esse passo é conquistado em um médio-longo prazo, uma vez que se manter independente do trabalho significa ter uma fonte estável de entradas, que cubram todo o orçamento mensal e não gere preocupações ou inseguranças financeiras.
Independência financeira completa
Essa é a meta final de quem visa conquistar a independência financeira. Ao alcançá-la, não é mais necessário trabalhar para a manutenção do estilo de vida. Não há mais dívidas e as aplicações e patrimônio oferecem uma boa renda passiva.
Assim, todo o dinheiro acumulado ao longo do tempo e todos os investimentos realizados, já dão frutos o suficiente para não ser mais necessário trabalhar por obrigação.
Quanto tempo para conquistar a independência financeira?
O tempo para conquistar a independência financeira dependerá de diversos fatores, como: o valor que cogita juntar, a renda que deseja para parar de trabalhar, etc. Para chegar nesse valor, existe a fórmula de Patrimônio Necessário para Independência Financeira (PNIF).
O PNIF é o custo de vida médio anual dividido pela rentabilidade de proventos atual. Ou seja, quanto maior o gasto médio, maior também será o patrimônio para garantir a independência.
Com esse valor, compreende-se o tempo necessário para chegar no montante final para viver apenas da renda passiva dos investimentos. Isso também depende de outros pontos, como: a quantidade investida e a rentabilidade que os investimentos terão.
Vale lembrar: nesse caso, quanto menor a rentabilidade e menores os aportes, mais tempo demora para conquistar a independência financeira. Por isso, essa é uma conta individual e deve considerar os pontos específicos de cada caso.
Como conquistar a independência financeira?
O processo de como conquistar a independência financeira é longo, mas é possível de ser alcançado. Para isso, é preciso seguir alguns passos e começar a implementá-los em sua rotina.
Todas as fases são importantes, já que fazem diferença na hora de pensar na criação de patrimônio e na saúde financeira. Pensando nisso, separamos 7 dicas para você conquistar a sua independência.
1. Analise a sua saúde financeira e estilo de vida
Antes de começar a juntar dinheiro, é preciso realizar uma análise geral da situação financeira. A análise deve ser criteriosa, calculando todas as entradas e saídas, considerando todas as contas existentes.
Desde o dinheiro já comprometido em despesas fixas, como: moradia, alimentação, contas básicas, saúde; até valores gastos em coisas supérfluas. Por meio dessa análise, é possível identificar tendências de consumo e também mudar hábitos.
Só após compreender o estado financeiro é possível começar a traçar metas e objetivos com mais clareza. Depois da análise, pegue o valor das entradas e subtraia o valor das saídas. Se o saldo for positivo, é sinal de que há um consumo consciente de dinheiro.
No entanto, se o saldo for negativo, é preciso repensar o estilo de vida e os gastos existentes, a fim de compreender o que pode ser supérfluo, se é necessário buscar por renda extra, etc.
2. Corte gastos e quite dívidas
Durante a análise, identifique os pontos de melhoria. Caso existam dívidas, é preciso revisitá-las periodicamente, a fim de entender se existe algum outro meio de quitá-las sem tantos juros ou amortizá-las.
Além disso, esse momento também é ideal para entender o que é gasto supérfluo. Os esforços para os gastos serem menores também auxiliarão em como sair das dívidas.
Para realizar essa organização de gastos supérfluos e dívidas, é possível contar com o auxílio de ferramentas como planilhas, para anotar e acompanhar a evolução.
Existem muitas planilhas já prontas, que podem ser usadas para orçamento pessoal, empresarial e até mesmo os dois. Confira a planilha financeira empresarial do Asaas para se basear.
3. Trace objetivos de vida
Esses objetivos podem ser de curto, médio e longo prazo. Afinal, para conquistar a independência financeira, é preciso pensar no que deve ser feito agora, para refletir no futuro.
Se o objetivo é parar de trabalhar com uma certa idade, por exemplo, aos 40 anos, é preciso definir metas financeiras para conseguir alcançá-lo. E essas metas devem ser postas em prática quanto antes.
Há outros objetivos financeiros que podem ser traçados: reservas de emergência, reservas de investimentos, etc. Todas as ideias devem ser anotadas e revisitadas com frequência, reajustando caso necessário. Algumas ideias de objetivos que podem ser estabelecidos:
- Limpar o nome e aprender como sair do vermelho;
- Fazer uma viagem;
- Financiar um imóvel;
- Viver de dividendos.
4. Planeje a reserva de emergência
A reserva de emergência é o primeiro degrau para conquistar a independência financeira. Ela ficará disponível para casos imprevistos, como desemprego, por exemplo. Para a criação de uma reserva, é preciso considerar todos os seus gastos e estilo de vida.
Dessa maneira, para montar a reserva de emergência, o dinheiro é guardado até alcançar um montante que sustente as despesas por períodos de 3 meses, 6 meses ou 1 ano, por exemplo.
Um exemplo bastante conhecido é a regra 70-20-10, em que se utiliza:
- 70% do ganho para pagamento das despesas essenciais;
- 10% do ganho para despesas variáveis e supérfluas;
- 20% do ganho reservado para objetivos financeiros.
5. Aprenda sobre investimentos
Um passo importante para alcançar a independência financeira é conhecer sobre investimentos. Com investimentos certos, a quantia que será guardada mensalmente pode se multiplicar rapidamente.
Após a criação da reserva de emergência, as economias serão direcionadas para as outras metas que serão estabelecidas por meio dos investimentos.
Por isso, é importante entender sobre perfis de investidores e qual faz mais sentido, considerando os objetivos e preferências individuais.
6. Diversifique os investimentos
Buscar diferentes tipos de investimentos para compor o patrimônio garante mais segurança. Manter diferentes ativos na carteira é uma estratégia para reduzir riscos de operações e manter uma boa rentabilidade.
É possível diversificar por tipo de investimento, como renda fixa, poupança, CDB e Selic, ações, ou até mesmo dividir o dinheiro para ambos. Há, ainda, a possibilidade de investir em imóveis, por exemplo, para manter uma renda passiva de aluguéis após a quitação.
Tudo dependerá dos objetivos traçados e dos meios existentes para alcançá-los.
7. Busque outras fontes de renda
Se o montante ao final do mês ainda não for o suficiente para começar a economizar dinheiro para conquistar a independência financeira, encontre novas maneiras de aumentar a renda.
Trabalhos extras são boas opções para quem visa guardar dinheiro. Tente entender a possibilidade de realizá-los na mesma área em que atua, ou busque por outros serviços para prestar ou produtos para vender.
É possível também desenvolver as habilidades a fim de buscar melhores oportunidades financeiras. É preciso entender o risco e o retorno financeiro que essas movimentações podem gerar ao longo prazo.
Caso esteja pensando em formas de ganhar dinheiro, utilize uma plataforma que auxiliará no processo de gestão financeira. O Asaas, por exemplo, tem todo o suporte em cobranças e até negativação de clientes inadimplentes.
Todos esses pontos vão facilitar a gestão e te ajudarão a focar em economizar.
Os esforços para conquistar a independência financeira devem começar cedo, a fim de alcançar o objetivo rapidamente. Se deseja aprender mais sobre finanças pessoais, leia 10 dicas de como economizar dinheiro e cortar gastos.
