Ícone do site Blog de finanças, tecnologia e negócios

Pix Internacional e o futuro dos pagamentos instantâneos sem fronteiras

Pessoa escaneando QR Code com celular, representando praticidade e agilidade do Pix internacional em pagamentos.

Nos últimos anos, o Pix mudou completamente a forma como lidamos com dinheiro no Brasil. Rápido, simples e disponível 24 horas por dia, ele se tornou o meio de pagamento favorito dos brasileiros, superando cartões e boletos.

E se essa mesma agilidade pudesse atravessar fronteiras? Quem já tentou receber de um cliente fora do país ou enviar valores para fornecedores internacionais sabe como é burocrático. O dinheiro demora dias para cair e as taxas de câmbio são cheias de surpresas.

É justamente essa visão que está por trás do que muita gente tem chamado de Pix Internacional. Hoje, quero te mostrar o que está sendo desenvolvido nesse cenário e como essa inovação pode transformar não apenas a forma como você paga ou recebe, mas também abrir novas portas para a economia mundial.

Afinal, é possível fazer Pix Internacional?

Ainda não. Quando falamos em “Pix Internacional”, não estamos nos referindo a uma versão atualizada do Pix que usamos no Brasil. 

Esse nome acabou se popularizando porque é fácil de entender, mas, na prática, o que existe é o projeto Nexus. É uma iniciativa do BIS (Bank for International Settlements), conhecido como o “Banco Central dos Bancos Centrais”.

A ideia do Nexus é simples de imaginar, mas posso afirmar que tem um impacto gigante. Conectar os sistemas de pagamentos instantâneos de diferentes países é um projeto brilhante

Em vez de cada nação ter seu “Pix isolado”, todos passariam a conversar entre si em uma única rede global.

Na prática, isso significaria que alguém em São Paulo poderia enviar dinheiro para Milão, Tóquio ou Cingapura em segundos, com a mesma facilidade que já temos por aqui para transferir para um amigo ou fornecedor local.

Por enquanto, o projeto está em fase de testes, começando por três sistemas de pagamento: Cingapura, Malásia e a Zona do Euro (representada pelo Banco da Itália). 

É um começo pequeno, mas acredito que pode abrir caminho para algo realmente transformador nos próximos anos.

Por que o mundo precisa do sistema de pagamento instantâneo internacional?

Se você já tentou mandar ou receber dinheiro do exterior, sabe como é frustrante. Demora dias para cair, os bancos comem uma boa parte em taxas e ainda tem aquela sensação de estar sendo cobrado por algo que você nem entende direito. 

É caro, demorado e cheio de etapas desnecessárias.

Enquanto aqui no Brasil nos acostumamos com a rapidez do Pix, lá fora a realidade ainda é burocrática. E é justamente aí que o Nexus pode mudar o jogo. Ele promete:

Ou seja, não é só sobre velocidade. É sobre repensar como o dinheiro circula no mundo, como os negócios acontecem e como a tecnologia pode aproximar economias.

O Pix brasileiro é internacional?

Muita gente se confunde achando que pode usar o Pix daqui para mandar dinheiro para fora. Mas a verdade é que não dá. O Pix que usamos no dia a dia é totalmente nacional, criado pelo Banco Central para funcionar dentro do sistema financeiro brasileiro.

O que acontece é que ele fez tanto sucesso, pela rapidez, facilidade e custo quase zero, que acabou virando referência mundial. Hoje, mais de 60 países já têm ou estão criando seus próprios sistemas de pagamento instantâneo, cada um com suas regras e particularidades.

E é aí que entra o desafio de conectar todos esses sistemas. Em vez de cada país ter o seu Pix isolado, a ideia é que, no futuro, exista uma rede que permita transferências internacionais tão simples quanto mandar um Pix aqui no Brasil.

Como funciona o Pix no Brasil (e por que virou referência)?

Se tem uma coisa que o Pix provou é que pagar e receber dinheiro não precisa ser complicado. 

Ele foi criado pelo Banco Central para ser muito mais do que uma simples transferência. É uma infraestrutura completa que sustenta vários tipos de transações. E é exatamente essa lógica que o projeto Nexus quer levar para o mundo.

Inclusive, vale lembrar os pontos que tornaram o Pix tão revolucionário aqui no Brasil:

E esse conjunto de fatores mudou o jogo. Se antes mandar dinheiro significava esperar até o próximo dia útil, pagar taxas escondidas ou depender de horários de banco, hoje tudo acontece em tempo real.

Costumo dizer que não é à toa que o Pix virou modelo global. Ele mostrou que dá para unir rapidez, baixo custo e inclusão financeira em um mesmo sistema. E é justamente esse impacto que o Nexus quer replicar em escala mundial.

Como deve funcionar o Pix Internacional (Nexus)?

Apesar de promissor, o Nexus ainda está em fase de testes. Mas sua proposta é clara: permitir transferências internacionais em tempo real, com a mesma simplicidade que já temos no Pix brasileiro. 

Parece simples, mas o desafio é enorme, porque envolve lidar com barreiras bem comuns:

Para superar esses obstáculos, o BIS (Bank for International Settlements) já definiu algumas diretrizes para o Nexus:

Na prática, isso significa que o Nexus não vem para substituir o Swift, que continuará atendendo grandes operações institucionais. 

O objetivo é outro. É criar uma rede global que atenda ao dia a dia das pessoas e dos negócios, trazendo a mesma fluidez que o Pix trouxe para o Brasil.

Se hoje enviar dinheiro para fora pode levar dias e custar caro, o Nexus promete mudar completamente essa realidade. Traduzindo, isso torna uma transferência internacional tão natural quanto mandar um Pix para um amigo no mesmo bairro.

E quando o Pix global vai virar realidade?

Por enquanto, não há uma data oficial de lançamento. Os testes começaram em 2022 e devem avançar nos próximos anos, em fases.

O Banco Central do Brasil acompanha tudo de perto, mas ainda como observador. Isso significa que o Pix brasileiro não participa ativamente dos testes, mas já serviu como modelo de sucesso compartilhado com o BIS.

O que podemos dizer é que a tendência é que, em poucos anos, teremos algum formato de Pix Internacional funcionando.

Pix Internacional já está disponível em quais países?

Além dos três que participam da fase atual de testes, países como Índia, China, Coreia do Sul, Reino Unido, Nigéria, Japão, Estados Unidos e México já têm sistemas de pagamentos instantâneos em operação ou desenvolvimento.

Segundo a ACI Worldwide, até 2026 as transações em tempo real devem representar 25% de todas as operações eletrônicas do mundo. Ou seja, o terreno está preparado para que uma solução global floresça.

Quais serão os benefícios do pagamento instantâneo internacional para empresas?

Se o Nexus realmente sair do papel, o efeito pode ser transformador para quem depende de transferências internacionais. 

Hoje, qualquer operação do tipo é sinônimo de taxas salgadas, prazos longos e pouca transparência. Com a rede conectada, o cenário muda bastante: câmbio mais acessível, transparência de custos, inclusão financeira e segurança reforçada.

Agora, imagine isso na prática. Um e-commerce brasileiro que vende para outros países poderia receber pagamentos em segundos, sem precisar esperar dias para a compensação. 

Um freelancer que trabalha para clientes no exterior não perderia parte do valor em taxas abusivas. E até exportadores e prestadores de serviços digitais teriam mais previsibilidade para organizar seu caixa.

Enquanto isso: como aproveitar o Pix hoje?

O Pix Internacional ainda está em fase de testes, mas isso não significa que você precise esperar para começar a aproveitar os benefícios desse tipo de tecnologia. 

Enquanto o Nexus não sai do papel, usar o Pix nacional de forma inteligente já coloca sua empresa em vantagem. Afinal, velocidade e simplicidade nos pagamentos são diferenciais que fidelizam clientes hoje (e vão ser ainda mais decisivos no futuro).

Com o Pix Asaas, por exemplo, você pode cobrar clientes, fazer transferências de pagamento e pagar contas. 

Sem contar que você ganha transações gratuitas todo mês, não há mensalidades para usar o Asaas e nem taxa de emissão de cobrança. 

Gosto de pensar que o Pix mudou a forma como os brasileiros se relacionam com dinheiro. Agora, o mundo olha para esse modelo com a mesma admiração e busca replicá-lo em escala global. 

Como CPO do Asaas, eu vejo essas evoluções como inevitáveis. Pagamentos mais rápidos, transparentes e acessíveis não são tendência, são o próximo padrão. 

E quem se preparar desde agora, aproveitando todo o potencial do Pix nacional, vai sair na frente quando esse novo cenário se tornar realidade.

Quer começar a dar esse passo hoje mesmo? Abra sua conta e simplifique sua gestão de cobranças com Pix Asaas.

Sair da versão mobile