Como conseguir capital de giro para pequenas empresas e como calcular

por Antecipação de recebíveis

Publicado em 7 de novembro, 2018 | Atualizado em 30 de janeiro, 2024

Você sabe o que é capital de giro e por que ele é importante para o seu negócio? Se, por um lado, oferecer boas condições de pagamento e parcelamento aos clientes ajuda a fidelizar os consumidores e a vender mais, de outro, requer que o empreendedor tenha um capital extra para bancar a empresa enquanto esses pagamentos não são feitos. Quer entender melhor como isso funciona e aprender a calcular o capital de giro do seu negócio?

Boa leitura!

O que é capital de giro?

Capital de giro é o montante necessário para que sua empresa possa desempenhar suas atividades de forma contínua. Em outras palavras, são todos os recursos que o negócio precisa para operar sem ainda ter recebido pelas vendas ou prestação de serviços.

Sabemos que, atualmente, as empresas levam certo tempo até receber suas receitas. O capital de giro serve justamente para que o empreendedor consiga quitar suas despesas e custos enquanto os serviços prestados ainda não forem pagos.

Qual é a importância do capital de giro?

Ter um bom capital de giro é especialmente relevante para as pequenas empresas e os empreendedores que ainda estão iniciando suas atividades em um mercado que se torna cada vez mais competitivo. Quando uma empresa não possui capital de giro, isso aumenta as chances de:

  • postergar o pagamento dos fornecedores;
  • deixar de cumprir com obrigações tributárias e trabalhistas;
  • atrasar contas básicas, como energia, água, telefone, internet ou aluguel.

Como calcular o capital de giro?

Antes de qualquer coisa, é preciso compreender que o cálculo do capital de giro requer que o empreendedor realize algumas práticas administrativas. Por exemplo, é necessário ter um bom:

  • controle de caixa e de contas a receber;
  • relacionamento com bancos e aplicações financeiras;
  • controle de contas a pagar, fornecedores e credores.

Isso é necessário porque o cálculo do capital de giro utiliza o Ativo Circulante (AC), que é o conjunto de todos os seus recursos disponíveis ou direitos, como saldo em caixa, bancos e aplicações financeiras e pagamentos de clientes em aberto.

Ele também utiliza o Passivo Circulante (PC), que relaciona todos os gastos que vencerão, como fornecedores, empréstimos e despesas convencionais.

Então, o cálculo do Capital de Giro Líquido (CGL) é dado pela seguinte fórmula: CGL = AC – PC.

Suponhamos que uma empresa tenha um ativo circulante de R$ 10.000,00 e um passivo circulante de R$ 15.000,00. Assim, aplicando a fórmula, chegaremos a um montante de R$ 5.000,00. Ou seja, o resultado — que, após a aplicação da fórmula, gerará um valor negativo — é o montante de capital de giro necessário para a empresa naquele período.

Como obter recursos para o capital de giro?

Agora que você entendeu o que é capital de giro, qual sua importância e como calculá-lo, vamos mostrar como você pode obter esses recursos para manter suas contas em dia.

Uma das formas mais simples, sem dúvidas, é o empreendedor investir dinheiro no seu próprio negócio. Essa seria a forma ideal, tendo em vista que essa pessoa é a proprietária da empresa e pode esperar ela crescer e gerar resultados para recuperar o montante investido.

Mas nem sempre o pequeno empreendedor tem recursos suficientes para cobrir o capital de giro de um negócio. Nesse caso, uma boa saída é investir em financiamentos.

Como escolher uma linha de financiamento do capital de giro?

O financiamento do capital de giro é realizado, na maioria dos casos, por instituições financeiras ou bancárias.

O principal critério que você deve observar antes de contratar esse tipo de serviço é a taxa de juros. Faça comparações entre as linhas de crédito, identificando qual possui o melhor custo-benefício para o seu negócio. Sim, esse tipo de pesquisa costuma ser um pouco trabalhosa, mas vale muito a pena, pois evita que você acumule dívidas que não pode pagar.

Atualmente, existem produtos financeiros próprios para a destinação em capital de giro. Geralmente, esses créditos têm juros menores e prazos maiores para pagar. Alguns ainda podem contar com um período de carência.

Além dos bancos privados, você também pode escolher algumas instituições governamentais que têm por objetivo fomentar a atividade empresarial. Um exemplo clássico é o Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES).

Além disso, existem instituições locais, a serviço do governo estadual ou municipal, que emprestam recursos para manutenção do fluxo de caixa das empresas. O importante é que você encontre uma linha que seja possível de pagar e, principalmente, atenda às suas necessidades.

Como gerenciar o capital de giro?

Não existe uma fórmula mágica para gerenciar os recursos do capital de giro. Você precisa ter em mente que o dinheiro levantado deve servir exclusivamente para manter as atividades da empresa em perfeito estado de operação.

Isso significa que o dinheiro do capital de giro não deve ser utilizado para realizar investimentos ou pagar contas pessoais do empreendedor, pois isso pode prejudicar a saúde financeira do seu negócio. Além de ficar sem os recursos para suprir a necessidade da empresa, você também terá uma dívida para pagar, seja para os sócios ou para uma instituição financeira.

A falta de controle sobre o capital de giro gera diversos problemas, como o endividamento e a inadimplência. Confira algumas dicas para gerenciar esses recursos:

1. Negocie com seus fornecedores

Há fornecedores que estão mais acessíveis à negociação, especialmente se você já é cliente há algum tempo. Além disso, em épocas de crise, eles também se tornam mais flexíveis, levando em conta que a situação está ruim para todos.

A empresa pode negociar descontos e novos prazos de pagamento. Mas sempre que o desconto nas compras à vista superar os custos do capital de giro, vale a pena aproveitar. Na verdade, comprar à vista é sempre mais seguro que comprar a prazo. Mas nem sempre convém para o negócio, já que as compras a prazo abrem mais espaço para uma reserva maior de capital. 

Se os fornecedores são recentes e não é viável negociar os prazos de pagamento, é importante fazer um planejamento das contas a receber, de forma que seja possível receber dos clientes antes do dia de pagamento aos fornecedores.

2. Identifique os custos principais da empresa

É preciso submeter os custos da empresa a uma análise criteriosa. Em épocas de crise, os consumidores diminuem o consumo, ou seja, não vale a pena produzir mais para melhorar a receita, pois o estoque pode ficar estagnado. Estoque parado representa dinheiro parado, sem giro.

Se as vendas caem, é necessário diminuir as despesas para não prejudicar o orçamento. Certas estratégias são recomendadas, como otimizar o sistema de cobrança para controlar a inadimplência e renegociar seus débitos.

Os custos principais não podem ser cortados, mas podem ser reduzidos. Nem sempre é fácil fazer essa redução, mas é possível. Basta ajustar seus gastos ao faturamento atual. Isso significa que eles devem diminuir, sempre que possível, na mesma proporção da queda nas vendas.

3. Mantenha disciplina na organização financeira

Planejamento é a palavra-chave quando falamos em gestão financeira. Além de reduzir os custos principais, cortar os gastos desnecessários ou menos importantes e negociar com os fornecedores, o empreendedor deve fazer o planejamento dos gastos futuros. Assim, a empresa terá um fluxo de caixa equilibrado.

A disciplina na organização financeira permite que a empresa direcione melhor seus próprios recursos. Isso melhora as oportunidades de investimentos futuros e diminui os riscos de empréstimos e a necessidade de recorrer a bancos para solicitar financiamentos.

Também é importante monitorar a projeção mensal dos valores de contas a pagar e a receber. Isso permite identificar quanto de capital de giro é necessário para enfrentar os impactos da crise econômica e quanto de reserva financeira a empresa possui atualmente para assumir suas despesas. Nesse sentido, dispor de um software ajuda a reduzir falhas nos cálculos e nas projeções.

4. Acompanhe o estoque

Nem sempre comprar mais significa vender. Isso só funciona em compras sob demanda, pois você comprará mais justamente porque está vendendo mais. Mas alimentar o estoque sem planejamento é arriscado para o empreendedor, principalmente em épocas difíceis, quando os consumidores compram pouco.

Estoques cheios demais acabam gerando perdas e prejuízos financeiros, pois alguns produtos perdem a validade e ocupam um espaço que poderia ser preenchido por mercadorias que apresentam mais saída.

É verdade que, quando a empresa compra uma quantidade maior de mercadorias, o preço unitário tende a cair. Mas é fundamental que os pedidos de compras sejam feitos a partir de um monitoramento cuidadoso. Assim, o gestor terá certeza de que as compras realmente vão resultar em vendas efetivas.

Empresas que estão sujeitas à sazonalidade exigem um acompanhamento ainda mais rígido. É necessário encontrar um meio-termo entre o total de mercadorias compradas e o total de itens vendidos. O histórico de entradas e saídas de cada produto é um importante auxiliar na gestão de estoque. Como já vimos, os recursos aplicados no estoque integram a fórmula de cálculo do capital de giro líquido. Dessa forma, uma gestão eficiente do estoque vai otimizar o capital.

5. Aplique soluções modernas para o controle do capital de giro

Movimentações financeiras precisam de acompanhamento diário, afinal, o momento que vivenciamos está difícil para todos. Por isso, controlar bem seu capital de giro pode ser a grande diferença entre os empreendedores que conseguem superar a crise e aqueles que se veem obrigados a fechar as portas.

O capital de giro é um importante instrumento na gestão e na geração de resultados de um negócio. Sem ele, dificilmente você terá sucesso. E é fundamental gerenciá-lo com responsabilidade e auxiliado pela tecnologia.

A antecipação de recebíveis é uma solução a que muitos empreendedores recorrem para levantar capital de giro. Não se trata de um empréstimo, mas de uma antecipação de dinheiro, ou seja, você recebe hoje um valor que só seria recebido futuramente, quando seu cliente pagasse. 

Com o Asaas, você pode antecipar cobranças feitas através de cartão de crédito e boleto bancário. Trata-se de uma solução eficaz e segura, pois garante o capital de giro sem criar endividamento. É também uma alavancagem saudável, já que você está confiando em um dinheiro que é seu por direito, mas cujo prazo de recebimento ainda não se venceu. Isso tudo de forma automatizada, simples e rápida.

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